28 de maio é considerado o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. O objetivo é chamar a atenção e conscientizar a sociedade dos diversos problemas de saúde das mulheres. No Acre a saúde feminina tem ganhado atenção especial.
Conforme estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o estado do Acre até 2026, deve ter cerca de 140 novos casos de câncer do colo do útero. Os números integram a estimativa que deve recair sobre 51 mil mulheres brasileiras no mesmo período.
Embora a doença seja a terceira causa de mortes femininas prematuras no país, a adoção de mecanismos de controle, como a vacinação e o rastreio podem reduzir esses índices.
Outro fato alarmante, são os números de Sífilis, em Rio Branco. De 2018 a 2022, foram 4.650 notificações na capital. Em gestantes, foram registrados mais de 1,1 mil casos, e pela sífilis congênita com 157 notificações.
Em 2022, o Governo Federal destinou R$ 1,2 milhão para investimento no atendimento de gestantes, mães e recém-nascidos. O aporte financeiro veio para atuar na redução contra a mortalidade materna e infantil.
Diversas instituições acreanas atuam nos cuidados com a saúde feminina no estado, com acompanhamento, exames preventivos, dentre outras ações. O Hospital do Amor em Rio Branco é umas das referências estaduais na atuação e cuidados com a saúde da mulher. Nele, são realizados exame de Prevenção do Câncer de Colo de Útero (PCCU) e mamografia.
O Governo do Acre retomou nesta semana as atividades das unidades móveis de acolhimento à mulher, Ônibus Lilás, um serviço itinerante que leva assistência social, jurídica e psicológica a mulheres de municípios de pequeno porte em situação de vulnerabilidade e violência.
A proposta da agenda anual 2023 do Ônibus Lilás prioriza as zonas rurais dos municípios com os maiores índices de feminicídio do estado. Os próximos atendimentos serão no Bujari, no dia 17 de junho, e em Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil no mês de julho. A secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, fala sobre o serviço:
“É com muita alegria que reativamos o Ônibus Lilás, esse serviço tão essencial no enfrentamento à violência contra a mulher, principalmente àquelas que não têm fácil acesso aos atendimentos. Contem com a Semulher, pois estamos aqui para atendê-las”, afirmou.