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Dores no quadril: Lula é aconselhado a desacelerar e pode ser operado

Por UOL

O que aconteceu?

Lula está sendo tratado para as dores, na parte superior do fêmur, desde março, confirmou a assessoria do Planalto. Não há definição se é um quadro cirúrgico, mas a possibilidade não está descartada.

Ele deverá ser reavaliado na semana que vem, quando voltar da viagem ao Japão. Pessoas próximas já dão a cirurgia como certa, só há ressalvas pela complexidade de um procedimento na região do quadril e do tempo de recuperação, dados os 77 anos do presidente.

Foto: Reprodução

Lula também tem sido aconselhado a desacelerar. Agitado, ele costuma ficar de 10 a 12 horas no Palácio do Planalto em dias úteis e tem viajado semanalmente —incluindo pelo menos uma vez por mês ao exterior.

Tratamento e possível cirurgia

O presidente está completando dois meses de tratamento. Segundo ele mesmo, são injeções diárias que “já não resolvem”, como disse em evento em Salvador, na semana passada.

“Depois, vou fazer uma consulta com o Otto [Alencar, senador], estou com um problema na cabeça do fêmur, e você é ortopedista, sabe disso, e você sabe que você vai ter que me curar”, disse Lula durante evento em Salvador.

Pessoas próximas ao Planalto dizem que as reclamações são frequentes, geralmente acompanhadas por alguma piada sobre a idade. Nos eventos, ele tem evitado ficar em pé por muito tempo e geralmente só tem levantado para discursar.

Aliados dizem que a cirurgia é quase certa, mas ela tende a ser evitada ao máximo. Uma operação na área do quadril poderia deixar Lula de repouso por mais de um mês — algo que ele tenta descartar a todo custo.

Desacelerar é preciso

O entorno do presidente diz que o pedido para que ele diminua o ritmo vem até da primeira-dama, Janja da Silva.  Apesar das reclamações, Lula mantém o ritmo, mesmo com conselheiros brincando que ele “não age conforme a idade que tem”.

Um dos argumentos do presidente é que ele não pode parar “só por causa de uma dor”. Além das horas no Palácio, as viagens têm se acumulado. Só nos últimos 45 dias Lula foi a:

5 países: China, Emirados Árabes, Portugal, Inglaterra e Japão.
3 estados: São Paulo, Bahia e Ceará.

As viagens internacionais são o principal foco para a redução, mas são as que Lula considera indispensáveis.

Caso o procedimento se mostre necessário, Lula vai ter de abrir mão de eventos já programados, como o encontro dos Brics, na África do Sul, em agosto, e o G20, na Índia, e a Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos, ambos em setembro.

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