Para o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PC do B) o horário estabelecido pela empresa responsável para a realização da obra de recuperação da pista de pousos e decolagens de Cruzeiro do Sul, das 8h30 às 17, de segunda à sexta, prejudica a operação do aeroporto e por consequência a população daquela regional. A reclamação foi pauta do discurso do líder da oposição na sessão desta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
“É uma situação grave que deve ocorrer a partir do dia 26 de junho com a reforma da pista do aeroporto de Cruzeiro do Sul. O horário estabelecido pela empresa Vinci Airoports para a recuperação é incompatível com os horários dos voos regionais. Se fechar a pista às 8h30 da manhã, vários dias da semana vai ter a impossibilidade de decolar um único voo. A partir das 17 para receber um pouso, se houver 30 minutos de atraso, o pôr do sol é até 17h48, que é o limite para pouso da aviação regional. Se pousar depois desse horário, paga multa”, explicou.
De acordo com o parlamentar é preciso que o cronograma de obras seja alterado para não prejudicar a aviação regional. “Querem fazer a recuperação na semana, que se comece às 5 horas da manhã e vá até às 11 horas e abra para as operações durante à tarde. Ou o contrário, comece os trabalhos a partir do meio dia e se abra a parte da manhã para as operações”, sugeriu.
Edvaldo Magalhães expôs que a aviação regional não opera por instrumento, mas “por visual“ e que o horário que está previsto o fechamento do aeroporto para a realização das obras vai impossibilitar os pousos e aeronaves diários para municípios como Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Jordão, Tarauacá, e municípios amazonenses, como Eirunepé, Ipixuna e Envira.
“A decisão que foi tomada para a recuperação desta pista está errada, precisa ser alterada. A Assembleia precisa agir, para que a gente tenha um posicionamento institucional. Uma revisão no cronograma da obra é necessária“, disse.
Ainda segundo o deputado, com a chegada do verão, a situação dos transportes na região tende a se agravar uma vez que a navegação pelos rios fica inviável. “Nós vamos ter problemas graves. No verão, a navegação fica impossível. Estamos tratando de uma região polo onde todos os negócios passam pelo encontro das pessoas e o encontro das pessoas passam por àquele aeroporto”, finalizou solicitando à mesa diretora da Aleac que encaminhe ofício para que a empresa reveja o seu cronograma observando a funcionalidade do aeroporto.