O Ministério da Saúde descartou na manhã deste sábado (20) o diagnóstico de influenza aviária (H5N1) para 34 pessoas no Espírito Santo. Ainda de acordo com a pasta, outros dois casos em humanos começaram a ser investigados. Segundo protocolo de vigilância, os pacientes aguardam os resultados laboratoriais, foram isolados e estão sendo monitorados pelas equipes de saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde, dos casos que foram descartados, 33 eram de funcionários de um parque onde uma ave infectada com o vírus foi encontrada caída no chão.
Segundo a pasta, dos 33 funcionários expostos ao vírus, apenas um deles estava em observação como caso suspeito para a doença por apresentar sintomas gripais ao longo da semana. O resultado divulgado neste sábado informou que o caso suspeito teve resultado laboratorial negativo para todos os alvos testados – ou seja, foi descartado para Influenza Aviária.
Das outras 32 amostras, 30 foram negativas para todos os alvos testados e dois testaram positivo para vírus que já estavam em circulação (Influenza A e Influenza B).
O Ministério informou também neste sábado que, além dos casos suspeitos descartados do parque, outros três pacientes sintomáticos foram notificados no estado, sendo que um deles já foi descartado.
A pasta não informou onde os pacientes que aguardam o resultados dos exames residem.
As amostras foram analisadas pelo laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, após encaminhamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Espírito Santo.
O Ministério da Saúde disse ainda que orientou busca ativa para investigação de todas as pessoas que tiveram contato com os animais.
Aves com gripe aviária
Na quinta-feira (18), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) informou que mais quatro aves haviam sido identificadas com aviária no estado.
Os animais foram resgatados em Vitória, Guarapari, Linhares, no Litoral Norte, e em Nova Venécia, município da Região Noroeste. Duas tiveram óbito natural e duas precisam ser eutanasiadas (sacrificadas).
De acordo com o gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Raoni Cipriano, o fato de uma das aves estar fora do litoral deixa os órgãos ainda mais em alerta.
“Teve um deslocamento dessa ave. Ela pode ter se desorientado do bando por algum motivo, pode ter sido por doença, pode ter sido por outro motivo. A gente abre uma investigação no local. A gente passa a investigar a região com mais atenção”, disse.
Nesta quarta-feira (17), a secretaria já havia confirmado que outras 26 aves foram sacrificadas também para conter a disseminação da doença. Entre as primeiras espécies eutanasiadas, estavam atobás e trinta-réis, um biguá, uma coruja, um bem-te-vi, periquitos-rei e um papagaio-chauá.