Haddad fala sobre gasolina da Petrobras: “Sem pressão inflacionária”

Em audiência na Câmara nesta quarta (17/5), Haddad comentou, pela primeira vez, a nova política de preços da Petrobras e defendeu a mudança

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu, nesta quarta-feira (17/5), em audiência na Câmara dos Deputados, a nova política de preços para os combustíveis derivados do petróleo, como gasolina e diesel. A Petrobras anunciou o fim do atual modelo do Preço de Paridade de Importação (PPI), que vinculava as tarifas à flutuação do valor praticado no mercado internacional.

Segundo Haddad, a nova política permite baixar os preços sem pressionar a inflação e sem prejudicar a arrecadação dos governadores. É a primeira vez que o titular da Fazenda se manifesta sobre a mudança comunicada na terça-feira (16/5).

Foto: Reprodução

“Nós estamos no caminho certo. Vamos pegar o caso dos combustíveis, estou falando do que aconteceu ontem. O presidente Lula disse o que na campanha? ‘Não é correto baixar o preço da gasolina com o dinheiro do governador. Não é correto.’ Você baixa o ICMS, quebra as finanças estaduais, aprova uma lei dizendo que a União tem que repor o dinheiro, e o dinheiro não é reposto”, iniciou Haddad.

Em seguida, o ministro disse que “teve de sentar” com os 27 governadores e negociar um acordo para repor o recurso.“Viu-se agora, na mudança de preço da Petrobras, que, como o dólar caiu e o petróleo caiu, você consegue acomodar isso sem pressão inflacionária, pelo contrário, ajudando no combate à inflação, sem desorganizar as contas públicas dos governadores”, continuou.

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