Ao participar do Programa Gazeta Entrevista, na tarde desta terça-feira (9), o deputado estadual Emerson Jarude, presidente da Executiva Municipal do MDB disse, entre outras coisas, que não vai abrir mão de conduzir o processo partidário para as eleições municipais de 2024.
“A direção do MDB precisa respeitar as novas vozes que vem surgindo e que tem espaço de representatividade. Eu fui eleito presidente da Executiva Municipal para conduzir o processo das eleições de 2024. É claro que é muito cedo para falar sobre isso, mas a gente quer realizar um trabalho voltado para as pessoas, mas infelizmente a sede de poder aumenta a cada dia e não tem permitido que isso aconteça.”, disse Jarude.
Indagado se entraria na Justiça para garantir o exercício do que regulamenta o Regimento do Partido, Jarude não hesitou em afirmar que sim. “Não acredito que seja necessário chegar ao ponto de judicializar a questão, mas se necessário, estou preparado para lutar pelo direito de conduzir o processo eleitoral no MDB”.
À Executiva Municipal compete conduzir as tratativas tanto no que diz respeito à escolha dos nomes dos pré-candidatos a prefeitos em todos os municípios, a formação das chapas de vereadores e o diálogo com outros partidos para composição de possíveis alianças.
“Nós precisamos ter autonomia para fazer o trabalho e não estou mendigando nada. Temos vontade que a Executiva Estadual participe do processo e contribua com sua experiência mas é importante respeitar as decisões de uma Executiva que foi eleita democraticamente. Queremos dar vez e voz quem quiser contribuir com a política local, dialogando, inclusive com outros partidos, com outras forças que também queiram, mas não dá mais para a Executiva Estadual querer ficar conduzindo a todo momento o processo sendo que quem tem a legitimidade é a Municipal.”, ressaltou.
A celeuma interna no MDB acirrou-se após a Executiva Estadual emitir nota assinada pelo ex-deputado federal Flaviano Melo, presidente, “desautorizando” a fala do vereador Marcos Luz contrário às especulações de que o ex-petista Marcus Alexandre, poderia vir a se filiar ao partido com a possibilidade de ser pré-candidato a prefeito de Rio Branco pela sigla.
“Não se pode cercear o direito à voz de um parlamentar que é eleito e é um dirigente partidário. Ele está na sua função de dizer se acredita ou não na filiação de qualquer pessoa que seja. Mas a Executiva Estadual acredita que o parlamentar não tem o direito de se manifestar e na própria Assembleia Legislativa, o líder do partido, que é o deputado Tanízio [Sá] também querendo dizer o que eu posso ou não falar. (…) Se olharmos o histórico do MDB parece que o partido se utiliza das novas lideranças para proveito próprio, mas diante dessa nova Executiva Municipal não vamos permitir que isso aconteça.”, destacou.