As agressões de racismo durante um jogo de futebol do campeonato espanhol, em Valência, durante o último final de semana, contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior, continuam repercutindo em todo o mundo. No Brasil, a repercussão chegou ao Senado com a exposição de preocupações de um senador do Acre, Sergio Petecão (PSD), contra o tema, e na outra ponta a revelação de que ali naquela casa há parlamentares, como o senador Mago Malta, do Espírito Santo, que concordam com os racistas.
O senador eleito pelo PL e identificado como bolsonarista, como são chamados os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, está denunciado ao Conselho de Ética do Senado e ao Supremo Tribunal Federal após se manifestar sobre os atos racistas contra o jogador brasileiro. Em pronunciamento no senado, Magno Malta chegou a indagar:
— Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?
O senador disse ainda que, se fosse um jogador negro, entraria em campo com uma leitoa branca.
— Dava um beijo nela e falava olha como não tenho nada contra branco. Eu ainda como.
As falas de Malta recebera desaprovação da imensa maioria do povo brasileiro e colegas seus estão o representando no conselho de Ética do Senado e no STF. Na condição de presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, Petecão disse que o racismo no futebol e na sociedade deve ser combatido por todos.
Para o parlamentar, combater o racismo é uma questão de humanidade e altruísmo, que deve ser rechaçado pela sociedade.
— Gestos dessa natureza nos envergonham e nos entristecem! Essa pauta de combate ao racismo deve entrar na ordem do dia, para ser debatida com seriedade e pôr fim, de uma vez por todas, a esse tipo de agressão que só sabe, quem sofre. É desumano o que vêm fazendo com esse jovem jogador nos estádios espanhóis. De nossa parte, iremos propor debates no Congresso Nacional, para erradicar o racismo de nossa sociedade, através de leis mais severas aos agressores — declarou.
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