O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra a União, com pedido liminar, visando garantir o acesso à água potável para moradores de aproximadamente de 20 aldeias, nas quais vivem 7 povos indígenas, no interior do Acre.
O responsável pela ação é o procurador da República, Lucas Costa Almeida Dias. No relatório “Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil”, mostra a falta de água potável e de saneamento básico nas aldeias das populações indígenas que residem ao longo do Rio Envira, em Feijó.
Os projetos de Sistema de Abastecimento de Água (SAA) deverão ser implantados nas aldeias da Terras Indígenas Jaminawa, Kulina do Rio Envira; Kampas Isolados; Igarapé do Pau; Kaxinawá de Nova Olinda; Isolados e Katukina Kaxinawá, com apresentação de cronograma de realização de obras.
O pedido do MPF especifica que as obras devem incluir sistema completo de captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água potável, adequada ao consumo humano, para assegurar o fornecimento contínuo de água a todas as famílias residentes na área. O prazo de conclusão das obras é de 6 meses.
O procurador Lucas Dias destaca que a construção dos poços artesianos, pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), estava prevista para 2019, mas não foi iniciada e as comunidades continuam utilizando água de rio, igarapés e fontes naturais sem qualquer tratamento para todas as suas atividades.
O MPF solicitou, ainda, que a União seja condenada ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil aos indígenas residentes nas Terras Indígenas Jaminawa, Kulina do Rio Envira; Kampas Isolados; Igarapé do Pau; Kaxinawá de Nova Olinda; Isolados e Katukina Kaxinawá.