Dados contidos no relatório do Mapa dos Desaparecidos no Brasil revelam que a taxa de pessoas desaparecidas no Acre cresceu em 54,8% entre 2019 e 2021.
Nos três anos analisados, o Acre registrou o total de 768 pessoas dadas como desaparecidas. Só em 2021, sumiram 331 pessoas. A parcela da população atingida pelo fenômeno é majoritariamente do gênero masculino, jovem e negra.
Outro número alarmante é a faixa etária das pessoas desaparecidas. O relatório mostra que no Acre, a maior parte dos desaparecidos tem entre 12 e 17 anos, totalizando 200 pessoas. Em seguida, o maior grupo de desaparecidos está na faixa dos 18 a 24 anos, chegando ao número de 134.
Quanto ao gênero, o número de registros de desaparecidos é majoritariamente de homens, totalizando 474 casos. Em relação ao gênero feminino, foram contabilizados 293 desaparecimentos.
Entre 2019 e 2021, o número de localizações foi muito abaixo do registro dos desaparecimentos, chegando apenas a 80. A nível Brasil, mais de 200 mil pessoas desapareceram entre 2019 e 2021, média de 183 desaparecimentos diários.
Em 2018, houve a criação do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (SINALID), em parceria com o Conselho Nacional dos Ministérios Públicos. O sistema é administrado pelos Ministérios Públicos Estaduais e funciona enquanto um grande banco de dados das instituições que adotam o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID).
Ações do Ministério Público do Acre
Para somar esforços e colaborar com as ações que visam localizar pessoas, desaparecidas, o MPAC desenvolveu a campanha “Saudade, essa dor pode acabar”, buscando dar visibilidade ao drama vivenciado pelas famílias.
Para denunciar o desaparecimento de alguém, o cidadão pode acionar o MPAC por meio dos telefones (68) 99219-1040 ou 68 3212-2068. Também é possível registrar o desaparecimento através dos e-mails plid@mpac.mp.br e nat@mpac.mp.br.