A sessão legislativa na Câmara de Rio Branco esquentou nesta quinta-feira (25) quando a mesa diretora, presidida pelo vereador Fábio Araújo (PDT) não concedeu a fala ao vereador Marcos Luz (MDB), ausente do plenário quando chamado à utilizar a tribuna no Pequeno Expediente.
“Eu estava conversando com o senador Márcio Bittar, tratando de projetos importantes para a nossa população”, tentou justificar ao voltar para o plenário.
Luz reivindicou o direito à fala, após a oradora subsequente, vereadora Elzinha Mendonça (PSB) concluir. “Pela ordem, presidente o senhor vai me conceder a fala?”, indagou.
Em resposta, o vereador Fábio Araujo evocou o Regimento Interno e disse que não concederia. “O senhor perdeu sua fala. Estava ausente e eu tive que dar continuidade seguindo a ordem dos oradores inscritos no livro”, e passou para o próximo vereador inscrito.
Ao subir na tribuna, em seguida, o vereador N.Lima criticou a ausência do presidente da Casa e disse que a mesa não estava cumprindo o Regimento ao seguir com a sessão legislativa sem o quórum necessário, que é de no mínimo 9 vereadores em plenário.
“Porque então o senhor permitiu que a vereadora Elzinha falasse sem quórum?”, questionou.
Ao retomar a fala, o presidente Fábio Araújo disse que na condução da mesa conferiu e havia quórum necessário para a reabertura dos trabalhos. “Se um vereador saiu durante a fala eu não tenho como segurar dentro do plenário”, disse.
Nesse momento o vereador N.Lima pediu pela ordem. “Tem gravado e eu vou exigir as imagens dos vereadores em plenário para que o senhor prove que eu tô mentindo”.
Um novo “pela ordem” se ouviu. “Capitão N.Lima, com todo respeito eu não disse que o senhor está mentindo”, retrucou Araújo que foi novamente rebatido por Lima: “O senhor está duvidando. Só disse que tinha 9 vereadores da fala da vereadora Elzinha. Se o senhor não provar quem tá passando por mentiroso é a mesa diretora”.
Citada a vereadora pediu um “pela ordem” e saiu em defesa da mesa. “Eu contei 9 vereadores”. Ao se alongar na fala foi interrompida por Marcos Luz.
“Pela ordem seu presidente, a vereadora tá dando discurso. Nem pra sessão ela vem. Que moral tem?..eu quero meu direito de fala”, disse em tom alterado.
“Eu peço respeito”, disse Elzinha.
A partir daí o bate boca se generalizou no plenário e o som foi cortado.
Acalmados os ânimos, a mesa submeteu à votação em plenário e Luz acabou falando no final do período.