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Peru volta a endurecer fiscalização nas fronteiras e passa a dificultar entrada de brasileiros

Por Tião Maia, ContilNet

Viajar ao Peru pelas cidades que fazem fronteira com o Brasil através do Alto e do Alto Juruá ou mesmo às cidades turísticas como Cuzco ou à capital Lima, está mais uma vez ameaçada. Decisão das autoridades peruanas estabelece que as forças armadas do país atuem contra a imigração ilegal nas fronteiras do país por 60 dias e a fiscalização na entrada do país andino ficou ainda mais rigorosa, mesmo em cidades como Inapari, que faz fronteira com Assis Brasil, no Alto Acre.

O decreto com as decisões do governo do Peru foi publicado na quarta-feira passada (26), como estado de emergência, o que permite o uso das forças armadas do país no policiamento das fronteiras por um período mínimo de 60 dias. O rigor do decreto foi aplicado principalmente no último final de semana de feriado prolongado no Brasil, quando muitos brasileiros decidiram viajar ao Peru e tiveram que enfrentar problemas nas aduanas peruanas.

Cidade de Iñapari, lado peruano que faz divisa com Assis Brasil – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O Peru faz fronteira com o Brasil, a Bolívia, Chile, Colômbia e o Equador e isso preocuparia as autoridades do país por causa da imigração ilegal. A presidente do Peru, Dina Boluarte, estabeleceu a militarização das fronteiras assim que o decreto foi publicado. “A Polícia Nacional manterá o controle da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas”, declarou Boluarte durante entrevista coletiva, segundo publicado por agências de notícias do peru.

O decreto do governo peruano estabelece que as forças armadas e a polícia nacional irão atuar nas cidades de Tumbes, Piura, Cajamarca, Amazonas, Loreto, Madre de Dios e Tacna. A decisão do governo atingiudiretamente as regiões de Amazonas, Madre de Dios, Cusco, Puno, Apurímac, Arequipa, Moquegua e Tacna, cidades peruanas muito visitadas por turistas brasileiros .

Isso vem ocorrendo como consequência do que foi registrado no último mês de fevereiro, quando o governo peruano decretou estado de emergência em sete regiões do país devido a uma série de protestos cujos manifestantes pediam a renúncia de Dina Boluarte. O decreto na época determinava ainda a “imobilização social obrigatória” durante 10 dias, de 20h às 4h no departamento de Puno.

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