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Pimenta: negócio bilionário de saneamento levou José Adriano, da Fieac, a reunião com Bestene

Por Redação ContilNet

José Adriano, presidente da Fieac. Foto: Arquivo ContilNet

Querido Diário

“Sexta-feira muito produtiva em Brasileia, no Acre, na fronteira com Bolívia e Peru. Entreguei viaturas e armamentos, no âmbito do Pronasci, para ações de proteção às mulheres. Falei sobre liberação de recursos. E debatemos sobre ampliação das operações integradas de fronteira”, relata o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública. O texto consta em suas redes sociais neste sábado, 20.

Sociologês

Lançado em 2007 na gestão Lula 2, o Pronasci (Programa Nacional de Segurança com Cidadania) é um complexo projeto transdisciplinar envolvendo, geografia, ciências sociais, políticas e outras áreas do conhecimento para combater e prevenir a criminalidade através de zoneamento das cidades de acordo com suas raízes socioculturais. Não é à toa que o primeiro gestor do Pronasci no Acre foi o sociólogo Ermício Sena, pós-graduado em Ciênciais Sociais em Salamanca, na Espanha, e subsecretário de Segurança Pública do Acre na gestão Binho Marques (2007/2010).

Fundo Amazônia

Antes de vir ao Acre, o ministro Flávio Dino começou a articular junto ao BNDES a liberação de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia para combater a violência na região. E garantiu mais R$ 1 bilhão do Ministério da Justiça e outras fontes. O dinheiro seria aplicado na ampliação das bases fluviais e terrestres, armas, drones, aviões, equipamentos e profissionais para o setor de inteligência.

Ministro Flávio Dino em agenda no Acre/Foto: Juan Diaz, ContilNet

Atrito

O Fundo Amazônia conta atualmente com aproximadamente R$ 6 bilhões para serem aplicados em projetos de conservação, combate e prevenção ao desmatamento e queimadas. Portanto, o bilhão reivindicado por Flávio Dino é uma sexta parte só para aplicação em ações de segurança, combate ao tráfico, ao garimpo ilegal e proteção às áreas indígenas. Certamente não terá conflitos com sua colega Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente, que faz parte do Conselho do Fundo da Amazônia.

Fogo amigo

Em sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva abandonou o PT e o cargo em maio de 2008 por conflitos com outras áreas do Governo Lula, principalmente com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os conflitos começaram por causa de um bagre que seria extinto com a construção das barragens do Rio Madeira. Mas, foram se avolumando a ponta de Marina pedir as contas sem dar nenhuma satisfação.

Boquinha

Com a saída de Marina Silva do Governo em 2008 e sua volta ao Senado, quem não ficou nada satisfeito foi o então suplente Sibá Machado, que aproveitou um bocado, por mais de cinco anos, o verdadeiro paraíso que é o Senado. Como dizia o mestre Darcy Ribeiro, estar no Senado é como estar no céu ainda em vida. Mas, ele soube capitalizar o mandato tampão e conseguiu se eleger deputado federal por duas vezes, em 2010 e 2014.

Litígio 2

Depois do conflito no passado com as barragens do Rio Madeira, neste momento, Marina está à frente de novo litígio, agora com o Ministério de Minas e Energia, depois que o Ibama embargou obras de prospecção da Petrobrás na foz do rio Amazonas. A Petrobrás recorreu alegando que a área de exploração compreende toda a chamada Margem Equatorial brasileira, um trecho do oceano entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. De acordo com a empresa, todas as exigências do Ibama foram cumpridas e o palco de operações está a 170 km da costa do Amapá e a 500 km da foz do rio Amazonas.

Fieac

A produção, tratamento e distribuição de água e destinação do esgoto doméstico são os negócios da década. Estados e municípios têm exatos dez anos, ou até dezembro de 2033, para cumprir a meta da universalização do saneamento básico no país segundo o marco legal do saneamento. Não é à toa, portanto, que o presidente da Fieac, José Adriano, acompanhou o presidente do Saneacre, José Bestene, em recente reunião por teleconferência com especialistas de uma empresa de outro Estado, segundo informa a Agência de Notícias do Acre, órgão oficial do Governo. É um negócio bilionário em jogo.

No balde

Para cumprir com as exigências do marco legal, o governo do Acre terá que, primeiro, convencer a população das vantagens de receber água tratada por um sistema confiável. Isso porque, segundo o Instituto Trata Brasil, 52.8% da população do Acre já possuem abastecimento de água potável. Mas, deste total, só 38% estão conectados à rede de distribuição pública. Ou seja, a maioria da população, 62%, tem seu próprio sistema – o milenar depósito subterrâneo escavado com enxadão, bombeado à manivela e distribuído aos baldes.

Posse

A deputada federal Socorro Neri assumiu a presidência do Diretório Municipal do Progressistas na última sexta-feira (19), com a missão de conduzir o processo eleitoral de 2024. Ela própria desistiu de se candidatar à sucessão de seu correligionário Tião Bocalom, mas ainda terá que mediar a disputa deste com o secretário de Governo, Alysson Bestene.

Rodízio

Em entrevista para o ContilNet, Tião Bocalom comentou que é da época da Arena (que depois virou PDS e PP). Mas, lembrou que deu uma volta por outros partidos e acabou voltando “para casa” (a antiga legenda que trocou de nome duas vezes). A lembrança foi para explicar como será seu comportamento com a posse da deputada Socorro Neri na presidência do partido e diante da disputa interna pela candidatura a prefeito em 2024. “Sou democrático e não tenho problema nenhum com quem quer que seja que vai assumir a direção do PP”, garantiu.

Fico

“Só saio do PP se me expulsarem. Sou candidato à reeleição e quero ser pelo meu partido”, declarou ele, que vai ter que disputar a vaga com o secretário de Governo, Alysson Bestene. “Tem espaço para todo mundo no partido, mas acho que não é hora de falar de eleição. O momento agora é para a gente trabalhar e fazer partido”, observou.

Sextou

Um dos deputados mais calados da Aleac, Chico Viga (Podemos), vai divulgar alguma nota oficial sobre o incidente que o fez sair do Tardezinha já tarde da noite?

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