Em greve, professores da rede pública estadual voltaram a protestar na manhã desta quarta-feira (24), após o Governo do Amazonas anunciar que vai descontar os dias não trabalhados. Sem acordo entre o Estado e o sindicato dos trabalhadores, a paralisação completa uma semana nesta quarta.
O protesto ocorre em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na Avenida Mário Ypiranga, Zona Centro-Sul. Parte dos professores também entrou na Casa legislativa e se concentra dentro do plenário.
Um grupo chegou a bloquear a avenida por, aproximadamente, 30 segundos, mas retornou para a calçada. Depois, o movimento seguiu bloqueando uma faixa da via, no sentido Centro/bairro, em frente à Aleam.
A greve começou na quarta-feira passada, 17 de maio. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), 52 cidades, das 62 dos Amazonas, aderiram ao movimento grevista, e mais de 70% das escolas em Manaus estão sem aulas.
Um reajuste salarial de 25% é a principal reivindicação dos professores. De acordo com o Sinteam, a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu no dia 1º de março.
O sindicato também pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.
Ainda na semana passada, o governo estadual ofereceu 8% de reajuste salarial. A categoria rejeitou. Em assembleia geral realizada na segunda-feira (22), os professores decidiram manter a greve.
Descontos
O novo protesto ocorre um dia após o Governo do Amazonas se manifestar sobre a greve. Em nota divulgada na terça-feira (23), o Estado afirmou que a paralisação é considerada ilegal pela Justiça do Amazonas.
O governo disse, ainda, que a greve prejudica os estudantes e que o Sinteam está sujeito a pagar multa diária no valor de R$ 30 mil.
“O Estado informa que só retomará a roda de negociação com os representantes da categoria quando os professores retornarem às salas de aula”.