A travesti Lis, 38 anos, foi presa na noite de segunda-feira (15), no Segundo Distrito de Rio Branco, por ordem de um mandado judicial. Ela foi vítima de uma tentativa de homicídio na noite do dia 6 deste mês, após quase ser atingida a tiros pelo empresário Marcos Ferreira da Costa, de 42 anos, que foi morto em um confronto com a Polícia Militar.
De acordo com informações da polícia, Lis possui antecedentes criminais por roubo e desde o dia em que o empresário Marcos Ferreira tentou contra sua vida, ela não compareceu mais ao local onde trabalhava como “garota de programa”, próximo à Arena da Floresta, na rotatória da via Chico Mendes.
Na noite do dia 6, o empresário efetuou 10 disparos de arma de fogo contra a travesti, que saiu ilesa durante o ataque e pediu ajuda a um policial na Arena da Floresta, o qual acionou a Polícia Militar. No entanto, não houve registro da tentativa de homicídio e Lis deixou o local sem prestar depoimento sobre o ocorrido.
Desde então, a Polícia Civil, por meio da Equipe de Pronto Emprego e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), vinha buscando identificar a travesti para colher seu depoimento.
Na noite desta segunda-feira, a Polícia Militar realizava um patrulhamento de rotina na região do Segundo Distrito, quando os policiais avistaram Lis em atitude suspeita e realizaram uma abordagem.
Nada de ilícito foi encontrado com a travesti, mas uma consulta ao sistema revelou que havia um mandado de prisão em aberto por furto, o que possivelmente teria levado Lis a não registrar um Boletim de Ocorrência sobre a tentativa de homicídio.
A travesti foi encaminhada à Delegacia de Flagrantes (Defla) para as medidas cabíveis. A Delegacia de Homicídios foi informada da prisão e em breve colherá o depoimento sobre o ocorrido na noite do dia 6, a fim de esclarecer as causas que levaram Marcos Ferreira a tentar contra a vida da travesti.
Morte de empresário
Após disparar contra a travesti, o empresário Marcos Ferreira fugiu em um carro modelo Honda Civic de cor preto, mas acabou sendo perseguido por várias viaturas da Polícia Militar.
Durante a fuga que se estendeu da Via Chico Mendes até a Via Verde, segundo a Polícia Militar, o empresário ainda teria atirado contra as guarnições, que revidaram e acertaram a vítima. O empresário foi atingido por um tiro no braço, que entrou no corpo e atingiu o coração. Ele não resistiu e morreu dentro do veículo.