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Viva sem arrependimentos: confira o artigo de Maysa Bezerra

Por Maysa Bezerra, ContilNet

Foto: Reprodução

Nesses últimos dias, tenho pensado que a sociedade tem se arrependido muito. Arrependido de não ter amado mais. Arrependido de não ter perdoado mais. Arrependido de ter falado demais. Arrependido de ter sido fraca demais. Arrependido de ter sido bom demais. Arrependido de…. de…. de….!

O arrependimento vem acompanhado pelo medo. O medo vem acompanhado pelo possível julgamento. Talvez, um dos maiores castigos que nos infligimos seja sacrificar o presente para nos defendermos de todos os nossos arrependimentos e medos. Seja ele do passado. Seja ele sobre o futuro quando, na verdade, o futuro é apenas uma suposição e o presente uma realidade.

Mas, você pode estar me perguntando nesse momento: – Coach, onde você quer chegar? Quero te levar a uma reflexão profunda sobre ARREPENDIMENTO e MEDO.

Estava lendo um artigo com uma lista “Do que as pessoas se arrependem quando estão próximas da morte?”

Essa lista foi compilada por uma enfermeira que trabalhou durante muitos anos com cuidados paliativos. Seus pacientes tinham expectativa de vida de no máximo três meses.

Ela os acompanhava durante os seus últimos dias e fazia com que se sentissem da melhor forma possível. Sabe qual foi uma das percepções que ela vivenciou nessa convivência? Uma vez que percebiam que o fim estava próximo era o momento que as pessoas cresciam muito mais do que em toda a sua vida.

Sabe o que percebi nessa reflexão? Que os pacientes com tempo curto, esquecem suas angústias, seus medos, seus arrependimentos e fixam na gratidão. Exatamente, quando tomam consciência de que cada segundo de vida é valioso.

Algumas das mudanças que esses pacientes experimentaram foram realmente surpreendentes. Cada um sentiu as emoções de maneira diferente, desde a raiva até a negação, passando pelo medo, pela rendição e pela aceitação. Esta última é o que permite encontrar a paz antes de partir.

Mas, o que me surpreendeu lendo o artigo foi exatamente as afirmações!

Quando a enfermeira perguntava quais eram os seus arrependimentos ou o que eles gostariam que tivesse sido diferente durante os seus anos de vida, na maioria dos casos, ela ouvia temas comuns como resposta.

– “Eu gostaria de ter tido a coragem de viver sendo fiel a mim mesmo, não ao que os outros esperavam de mim.”

Esse foi o arrependimento mais recorrente. Quando alguém percebe que a sua existência está prestes a chegar ao fim, é mais fácil ver o passado com clareza, olhar para trás e ver quantos sonhos ficaram por realizar. Foi comprovado que a maioria das pessoas realiza apenas metade dos seus sonhos e morre sabendo que o restante poderia ter sido realizado se tivessem se proposto seriamente e se não tivessem cedido diante do que os outros consideravam correto ou aconselhável.

– “Gostaria de ter trabalhado menos”. Isso era mais frequente em pacientes do sexo masculino que, na sua opinião, negligenciaram a família e os amigos por trabalharem durante mais de 10 horas por dia.

– “Gostaria de ter tido a coragem para expressar meus sentimentos.” Quantas vezes ficamos com a amarga sensação de não poder dizer o que sentimos? Muitos suprimem as emoções para ficar em paz com os outros ou por vergonha do que possam responder. Foi comprovado que algumas doenças surgem por “guardar” maus pensamentos, repreensões, palavras que não foram ditas no momento certo, etc. Entretanto, não se trata apenas do que é negativo, mas também das coisas boas, do “eu te amo”, do “me perdoe“, do “preciso de você”.

Não podemos controlar a reação que a outra pessoa pode ter quando dizemos algo, mas o fato é que isso pode nos libertar de um grande peso acumulado no nosso peito ou nas nossas costas. Assim, tanto se for para falar bem quanto para falar mal, não hesite em falar, pois, mais tarde, você vai se lamentar.

– “Gostaria de ter mantido contato com meus amigos”. Vários pacientes confessaram que não viam os amigos há muito tempo (até mesmo décadas), porque estavam sempre ocupados demais para um encontro.

Por causa do estilo de vida que temos atualmente, provavelmente não encontraremos um “espaço” em nossa agenda diária para tomar um café com um amigo de infância. Além disso, com a tecnologia, não há mais reuniões; tudo é dito por meio das redes sociais. No entanto, falar com um amigo pessoalmente é a melhor lembrança que uma pessoa pode levar para o túmulo.

Diante do relato da enfermeira, me faz refletir quem sou eu? Quem é você? Onde queremos chegar?

Decidi ser como como uma oliveira verde, que cresce perto da casa de Deus, eu confio no seu amor para sempre e sempre.

Independente das condições: quente, seco, frio, úmido, rochoso ou arenoso, a oliveira viverá e produzirá fruto. Assim é VOCÊ.

Não espere chegar nos seus últimos dias, para lembrar do que é bom para a sua vida. Viva.

Porque, diz-se que, não é possível matar uma oliveira. Ainda que cortada e queimada, novos ramos emergirão da raiz.

Nunca haverá um fim.

Maysa Bezerra

Life & Professional Coach

@maysabezerraa

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