A BR-317, rodovia que liga o Acre e o Amazonas, está bloqueada desde o dia 29 de maio por indígenas, que protestam reivindicando a pavimentação da estrada. Por conta disso, o abastecimento na cidade de Boca do Acre já começa a ser comprometido.
Na última segunda-feira (5), os condutores já começaram a formar filas, lotando os postos de combustíveis à procura do combustível. A rodovia é o principal acesso para fornecimento de alimentos, combustíveis, insumos, dentre outros produtos e serviços, em especial para a comunidade Aripuanã, localizada no km 45 da BR-317.
De acordo com taxistas locais, poucos postos ainda têm gasolina e estão racionando o combustível. O diesel S10 ainda não está em falta no município.
O prefeito de Boca do Ace, Zeca Cruz, deverá se reunir com os manifestantes para tentar resolver o problema. Mesmo após conversa com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), os protestantes mantiveram o bloqueio.
Em nota, o Dnit informou que está aguardando a liberação de uma licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar as obras. De acordo com o órgão, nesta terça, a Polícia Rodoviária Federal do Acre (PRF-AC) se reuniu com os manifestantes para falar sobre a obra na rodovia.
A audiência pública entre as comunidades e autoridades, para tratar sobre a estrada, está marcada para ocorrer na terça-feira (13).