Acompanhado do secretário Eracides Caetano, titular da Secretaria Municipal de Agricultura, (Seagro), além de outros assessores da área da produção, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), passou esta sexta-feira (16), inspecionado obras do Programa “Ramais da Dignidade”, executado pela Prefeitura nas área rural que compõe o chamado cinturão verde da Capital.
Bocalom e equipe estiveram nos ramais dos polos “Geraldo Fleming”, na região da Estrada de Porto Acre, e “Moreno Maia”, na Transacreana.
O Programa foi lançado na semana passada pela Prefeitura de Rio Branco, por meio da Seagro, como uma ação pioneira da gestão municipal visando recuperar 1.500 quilômetros de ramais na zona rural de Rio Branco, uma obra que até o final do ano vai beneficiar mais de 40 mil famílias.
São três equipes trabalhando todos os dias, inclusive em feriados, dias santos e finais de semana, visando aproveitar o verão, envolvendo mais de 70 máquinas pesadas e pelo menos 100 operários,
As máquinas – tratores de esteira, retroescavadeiras, patrols, rolo-compressores, caçamba e caminhões, fazem parte do maquinário da Prefeitura e da iniciativa privada, sob regime de aluguel. A Prefeitura Municipal, de acordo com o prefeito Tião Bocalom, deve gastar, de forma direta, pelo menos R$ 25 milhões, de recursos próprios da Prefeitura.
Os serviços são de drenagem, raspagem, piçarramento e construção de pontes. A visita do prefeito nos canteiros das obras em pontos diferentes da zona rural da cidade visa ver de perto a qualidade final dos ramais.
“Estamos trabalhando com resto de obra, o chamado bota-fora que inclui asfalto, pedra e piçarras”, disse Bocalom. “Nossa preocupação é em fazermos obras de qualidade que dê trafegabilidade de inverno a verão, para que o produtor possa escoar sua produção c om segurança”, acrescentou o prefeito.
A diretora de ramais da Seagro, Bruna Barreto, explicou que mais de 50 ramais serão atendidos pelo programa com o objetivo de melhorar a vida do homem do campo.
“Nunca deixamos de trabalhar nos ramais, nem mesmo no período invernoso onde trabalhamos de forma paliativa. Agora, com a chegada do verão, todas as equipes foram reforçadas para que pudéssemos entrar com força total para que possamos alcançar a nossa meta, que é melhorar cada dia mais os ramais de Rio Branco”, disse o secretário Eracides Caetano.
A ordem do prefeito é para que consigamos fazer ramais de qualidade. Ainda não teremos asfalto, mas queremos deixar o mais próximo possível de uma boa qualidade. É claro que, em alguns trechos, durante o inverno, vai haver pontos críticos, mas estaremos atentos para consertarmos o que for necessário”, acrescentou.
Por onde passaram, nesta sexta-feira, Bocalom e equipe receberam manifestações de agradecimento das pessoas beneficiadas pelas obras. Foi o caso do casal Cláudio Estevão da Silva e Maria Guimarães, pais de cinco filhos, alguns já adultos e casados e não mais morando com eles.
O casal mora há 23 anos no ramal Beija-Flor, no Geraldo Fleming. A moradia ali, bem no início do ramal, onde a família foi formada, deu-se após uma má-sucedida estadia em Manaus, no Amazonas. “Viemos para cá em busca de melhoria. O lugar era bom, deu para a gente viver, fazer criações, plantar alguma lavoura. Mas havia o problema do inverno, que deixava a gente isolada. Mas agora, graças ao trabalho do prefeito Bocalom, a gente sente que valeu à pena esperar por esses benefícios”, disse Maria, abraçada a Tião Bocalom.
A situação da família de Maria, que sofria com o isolamento apesar de ficar distante por apenas 19 quilômetros da zona urbana de Rio Branco, aumentou há um ano, quando seu marido sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e passou a viver numa cadeira de rodas.
“Quando esse homem tem crise e a gente tem que sair às pressas em busca de socorro médico, sem o benefício do ramal, era um deu-nos-acuda. Agora, não. Com o ramal beneficiado, se ele se sentir mal, num pulo a gente chega em Rio Barnco. Por isso sou grata ao prefeito”, disse Maria.
Outro morador do Beija-Flor que também é só gratidão à Prefeitura é Josimar Camilo dos Santos, de 50 anos e há 23 morando na localidade.. Conhecido entre seus amigos pelo apelido de “Deputado”, certamente por falar e reclamar muito das condições anteriores do ramal, agora diz que vale a pena viver no local.
“Com o ramal tendo acesso a gente pode dizer que mora num paraíso de tranquilidade. Aqui não tem violência, não tem barulho e a vida é boa. O problema era o isolamento, que agora está resolvido”, disse.
No Polo Moreno Maia, Bocalom e sua equipe também receberam manifestações de agradecimento, como a do produtor rural José Araújo da Costa Oliveira, 41 anos de idade, três filhos, morador do local há 20 anos.
“Aqui era o pior ramal do mundo, mas agora está ficando um brinco. Nem acreditei quando me disseram que o Bocalom ia fazer isso aqui. Duvidei porque ouvi muitas promessas e nada foi feito. Só agora o prefeito está fazendo”, disse José Augusto, enquanto funcionava sua moto e caia estrada a dentro, pelo ramal do Caipora.
No local, além do Caipora, a Prefeitura vai trabalhar nos ramais da Mariana, Circular e Três Palhetas, onde vivem entre 400 a 700 famílias. O cálculo é da moradora Cleucilene Oliveira da Silva, a Lene, de 49 anos e moradora do local há 25 anos. Ela e sua família receberam o prefeito para um café da manhã em agradecimento pelos benefícios das obras que estão chegando até sua porta.
“Durante alguns anos estive bem próxima de vender isso aqui, por causa do desespero de vivermos isolados. Mas agora as coisas estão começando a ficar diferentes”, disse Lene, dona de 20 hectares onde ela e o marido plantam mandioca e hortaliças, que são vendidas no Ceasa, em Rio Branco. “Agora vai valer a pena a gente plantar porque sabemos que vamos tirar a produção”, disse.
A seu lado, a agente de saúde Dayana Dionara Oliveira da Costa sonha com a construção de um posto de saúde na área. Ao saber que a unidade de saúde é uma antiga reivindicação da comunidade, Tião Bocalom determinou ao secretário Eracides Caetano para que encontre uma área onde a unidade possa ser construída, “Sugiro que seja perto de uma escola também. Se não houver a escola, vamos construir uma também”, disse Bocalom.