O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística escolheu as bancas organizadoras que ficarão à frente do seu concurso IBGE, com 8.141 vagas temporárias.
Conforme dispensa de licitação publicada nesta terça-feira, 13, no Diário Oficial da União, duas bancas foram definidas, sendo elas o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) e o Instituto Nacional de Seleções e Concursos (Instituto Selecon).
Em contato com a Folha Dirigida, o IBGE informou os cargos que ficarão com cada banca, e adiantou a terceira banca, que ficará à frente da seleção para codificadores. Confira a divisão abaixo:
IBFC
-nível médio: agente de pesquisas e mapeamento (6.742); e
-nível superior: supervisor de coleta e qualidade (806).
Instituto Selecon
-nível médio: agente de pesquisa por telefone (276); e
-nível superior: supervisor de pesquisa (49).
Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan)
-nível médio: codificador (120)
Com as bancas definidas, o próximo passo será a assinatura do contrato e, posteriormente, publicação dos editais.
Vale lembrar que o Instituto Selecon já foi contratado para o edital de agente censitário de mapeamento, de nível médio. Os ganhos iniciais serão de R$3.100.
Nas suas redes sociais, a banca já anuncia para “em breve” a publicação do edital.
Como já adiantado pelo IBGE, as seleções terão provas e serão destinadas a pessoas que não foram contratadas, nos últimos dois anos, em outros processos seletivos regidos pela Lei nº 8.745/1993.
“Candidatos que tenham tido contrato com o IBGE precisam esperar 24 meses para serem contratados novamente, de acordo com a legislação em vigor”, disse.
Conforme o despacho autorizativo, os aprovados serão contratados por até um ano, cabendo prorrogação.
Governo Federal prever aval para o concurso IBGE
Mesmo com um novo edital para temporários autorizado, a necessidade de um concurso IBGE, com vagas efetivas, foi reconhecida pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Segundo a titular da pasta, esse edital será autorizado no segundo pacote de concursos a ser anunciado pelo Governo Federal.
Em recente entrevista ao Correio Braziliense, Esther Dweck afirmou que a segunda leva contará com um concurso para o IBGE, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outros órgãos e autarquias, incluindo as agências reguladoras.
Em outra entrevista, publicada em fevereiro deste ano pela Folha de S.Paulo, a titular da pasta reconheceu o déficit na autarquia.
Segundo Esther Dweck, desde o governo Dilma Rousseff, há áreas com risco muito grande, tendo 30% da folha apta à aposentadoria.
“Desde que eu estava aqui (no governo Dilma Rousseff), eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. IBGE e Banco Central, mas tem outras também”, disse a ministra.
Ao citar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a ministra reconheceu a necessidade de servidores efetivos na autarquia.
Exemplo disso foi constatado durante o Censo 2022. Previsto para ser finalizado no ano passado, a coleta tem seus resultados finais adiados para este mês (próximo dia 28).
“Nosso maior desafio foi contratar recenseadores, planejamos contratar 180 mil e o máximo a que chegamos foi 120 mil. Também tivemos problemas no pagamento dos recenseadores por não termos testado o sistema antes”, disse Cimar Azeredo.