O acreano Radamés Casseb é diretor-presidente de uma das maiores empresas de saneamento do segmento privado no país, presente em 49 cidades, de norte a sul do Brasil: a Aegea Saneamento.
A empresa é considerada uma das responsáveis por resolver o problema após a regulamentação do marco regulatório, que obteve mudanças no governo Lula.
Atualmente, a empresa administra concessões públicas em 13 estados brasileiros e atende cerca de 26 milhões de pessoas. O número representa mais da metade da população atendida por operadoras privadas no país.
Carreira no Acre
No estado onde nasceu, Casseb é um dos responsáveis pela construção das obras da BR-364, na rodovia que liga Rio Branco (AC) a Porto Velho (RO). O primeiro emprego do empresário foi como operador de sistemas na construtora acreana CR Almeida.
Formado em Análise de Sistemas nas Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, Casseb hoje gerencia a empresa que conseguiu arrematar em leilão a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), e deverá alcançar 480 cidades brasileiras. Atualmente, a empresa vale 3,7 bilhões de reais.
Destaque nacional
Como CEO da Aegea, Radamés Casseb foi destaque na Revista Valor Econômico. O acreano foi escolhido Executivo de Valor pela revista. No cargo desde 2020, Radamés entrou na empresa em 2011, como diretor de Operações.
Saneamento Básico no Acre e Marco Regulatório
Aprovado em junho de 2020, o novo marco legal do saneamento básico prevê a universalização dos serviços sanitários para 99% da população brasileira até 2033. Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), somente 32% da população brasileira têm saneamento básico.
O 14º Ranking do Saneamento, divulgado em março deste ano pelo Instituto Trata Brasil, aponta que em Rio Branco, cidade natal de Radamés Casseb, 21,29% da população tem acesso a coleta de esgoto e 53,16% têm acesso a água potável, segundo o Ranking do Saneamento de 2022. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) apontam que hoje, em todo o país, 55% da população têm acesso à rede de esgoto e 84,1%, ao atendimento com rede de água.
Segundo o Ranking, o município de Rio Branco gasta em torno de R$30 por habitante em investimentos de saneamento básico.
Ainda segundo o Trata Brasil, no Acre, mais de 458 mil pessoas não têm acesso à água potável e mais de 790 mil à coleta de esgoto, o que significa que 90% da população do Acre não tem coleta de esgoto e que menos da metade possui acesso à água tratada.