Deputado e senadora batem boca em sessão na CPMI dos Atos Golpistas durante depoimento

“Não vou aceitar que deputado venha aqui calar minha voz”, disse senadora

O primeiro entrevero entre parlamentares que compõem na CPMI dos Atos Golpista ocorreu durante sessão nesta manhã de terça-feira (20), quando o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) protagonizou o primeiro bate-boca acalorado e com acusações contra a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O motivo da briga foi pela pergunta direta que a senadora dirigiu ao primeiro depoente da investigação, durante depoimento do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

Foto: Reprodução

Eliziane questionou se o então servidor teria sido condenado por agredir um frentista em Goiás por se recusar a lavar sua viatura. Silvinei seguia desviando de responder sim ou não. O deputado Delegado Éder se enfureceu com o método usado pela parlamentar e, aos berros, iniciou um tumulto para barrar a continuidade do inquérito. Eliziane, então, mandou-o calar a boca seguidas vezes. O deputado acompanha a CPMI, mas não é integrante da comissão.

“Não vou aceitar que deputado algum aqui venha cercear minha voz. Deputado, o senhor nem é integrante da comissão”, afirmou a senadora, que complementou: “Então, simplesmente, se cale. Se cale porque, neste momento, quem está falando aqui é a relatoria da Comissão e eu não vou aceitar nem de você nem de ninguém. Vá gritar em outro local, deputado. Aqui não. respeite essa comissão”.

Diante da confusão, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), pediu recesso de cinco minutos e fez um apelo para que não houvesse balbúrdia e quebra de decoro que minam a credibilidade da CPMI.

A senadora reforçou a Silvinei que mentir poderia levá-lo à prisão na condição de testemunha ao afirmar que tem cópias que mostram a sentença de Vasques na justiça federal, que em decorrência da posição do cargo que exercia, precisou pagar 71 mil. Ele afirmou que foi condenado em 1° grau.

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