Em um dos registros divulgados pelo podcast, o ex-jogador com passagem pela Seleção Brasileira usa termos pejorativos e tom de deboche para narrar os fatos acontecidos na boate de Milão, em 2013, com a albanesa que alega ser vítima de Robinho e de amigos dele.
“Mas peraí, eu vi que você pôs o pau na boca dela”, afirma Jairo, um dos amigos do ex-jogador e organizador do evento que terminou com o crime.
“Isso aí não é transar, isso aí não é transar”, rebate o jogador, aos risos.
A fala confirma a versão da albanesa. Os registros em áudio são de cerca de um ano após o ocorrido. Em um outro momento, Jairo afirma que “tirou” Robinho do ato com a moça e, mais uma vez, o atacante rebate a fala do amigo.
“Eu não, pô, eu tentei, eu tentei. Eu só fiz a tentativa. Eu só tentei”, declara o ex-camisa 7, afirmando que só não consumou o ato por não conseguir ter uma ereção.
Em outro momento, Ale, amigo do jogador que também foi identificado pela vítima no caso, demonstra preocupação em uma possível gravidez da moça. Mais uma vez, Robinho indica a disfunção erétil como único fator a impedir que ele tivesse cometido algo contra a vítima.
“Alex, você tá perguntando muito se a mina tá grávida, porque eu e o [Fabio] Galan [outro envolvido no caso], nós nem rangamos a mina, porque eu lembro que o Galan falava: ‘Não tem como rangar, eu tô mole, eu broxei’. Então, eu sei”, afirmou.
Ainda segundo o podcast, as conversas entre Robinho e os amigos sobre a noite do crime eram recorrentes no momento em que as autoridades decidiram registrar os diálogos. Robinho e Ricardo Falco foram condenados a 9 anos de prisão na Itália.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou retorno da análise de recurso sobre o caso para o dia 2 de agosto, que pode definir se Robinho cumprirá a pena no Brasil.