Empresário e empregados são denunciados por torturas contra pessoa em situação de rua

Caso ocorreu em setembro do ano passado, no bairro Raimundo Melo

Um empresário e dois empregados de Rio Branco, cujos nomes não foram identificados, estão sendo denunciados pelo Ministério Público do Acre (MPAC), pelos crimes de tortura contra um morador em situação de rua. O caso foi registrado em 12 de setembro do ano passado, na rua 7 de Setembro, na região do bairro Raimundo Melo.

A denúncia partiu do MPAC/Foto: ContilNet

A denúncia é assinada pelo promotor do Grupo de Atuação Especial na Prevenção e Combate à Tortura do Ministério Público do Acre (MPAC), Walter Teixeira Filho. O documento assinado pelo promotor aponta os detalhes da sessão de tortura a que foi submetido o morador de rua Rafael Venícius do Nascimento.

De acordo com as denúncias, as torturas foram feitas para que o morador de rua, flagrado dentro do quintal da casa do empresário, confessasse furtos anteriores à residência. Populares encontraram o morador de rua agonizando, quando ele se queixou de ter sido brutalmente espancado e enforcado com o uso de um fio elétrico.

“A vítima foi laçada com um fio no pescoço e arrastada do quintal onde se encontrava até uma oficina, no mesmo quintal, sendo que, durante todo o percurso também era golpeada com pedaços de pau”, diz um dos trechos do documento assinado pelo promotor de justiça Walter Filho.

Rafael do Nascimento ainda foi colocado no porta malas de um gol de cor branca, mas temendo ser assassinado, mesmo debilitado pelas agressões, conseguiu escapar e correr até a rua Sete de setembro. A vítima foi socorrida por uma equipe médica do SAMU e encaminhada ao Pronto Socorro de Rio Branco.

Os autores do crime foram identificados após um amplo trabalho do Grupo de Atuação Especial na Prevenção e Combate à tortura. A investigação contou com o apoio do Delegado Pedro Paulo Buzolin, do NAT do Ministério Público e da coordenação de operações. O promotor disse ainda, que provas técnicas, extraídas de um aparelho celular, foram anexadas à denúncia.

Os nomes dos três denunciados não foram divulgados, mas se a denúncia for aceita, eles passarão à condição de réus no processo.

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