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Falso médico preso no Acre por usar registros de profissional de SP vira destaque nacional

Por Redação ContilNet

O caso do falso médico que se apresentava como ortopedista em Tarauacá, no interior do Acre, e foi preso usando os registros profissionais de especialistas da Bolívia e de São Paulo, ganhou destaque nacional. O fato virou manchete do UOL.

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O suspeito se apresentava como ortopedista em uma clínica privada do Acre/Foto: Reprodução

O venezuelano Giraldo Rodríguez usava os registros de um médico de São Paulo e de outro médico boliviano que atua no Acre, em uma clínica particular de Tarauacá, segundo a investigação da Polícia Civil, que recebeu uma denúncia anônima do caso.

Ao UOL, o delegado José Valdinei explicou que um investigador da polícia agendou uma consulta e ao chegar no local, o suposto médico estava atendendo um paciente. “Dei a orientação de que se ele estivesse em consulta, que já poderiam levá-lo para a delegacia”, contou.

Valdinei detalha que o homem estava usando o registro de um médico de São Paulo, diferente do que constava na denúncia recebida. “Ele usava os CRMs (registros) de dois médicos e disse em depoimento que tinha autorização dos dois profissionais para usar o carimbo”, relatou o delegado à frente do caso.

O venezuelano contou no interrogatório que estudou medicina na Bolívia e que teria feito o Revalida duas vezes, em 2020 e 2021, mas não foi aprovado. Ele disse também, sem apresentar provas, que, por falta de recursos financeiros, não tentou novamente. O Revalida é o exame realizado anualmente para validar diplomas médicos expedidos por universidades de fora do Brasil.

O suspeito anunciava as consultas nas redes sociais de uma clínica privada e, segundo o delegado, reagiu com tranquilidade no momento da prisão. O homem foi encaminhado à delegacia para os procedimentos cabíveis e vai responder pelos crimes de exercício irregular da medicina e falsidade ideológica. A polícia recolheu várias receitas assinadas pelo suspeito e vai continuar investigado o caso.

O UOL procurou o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) para saber o órgão vai apurar o caso, mas até momento, não obteve retorno.

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