Mãe de Isabella Nardoni lamenta soltura de Anna Jatobá: “Assassinos soltos”

Mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira diz ter recebido com decepção a notícia da soltura de Jatobá, condenada a 26 anos de prisão

Reprodução

Mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, de 39 anos, diz ter recebido com decepção nesta terça-feira (20/6) a notícia da soltura de Anna Carolina Jatobá, que era madrasta da menina e foi condenada a 26 anos de prisão pelo seu assassinato.

“Só lamentar. Assassinos soltos, bandidos soltos e muitos inocentes presos”, comentou a mãe de Isabella Nardoni, ao Metrópoles, após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) mandar Anna Carolina Jatobá para o regime aberto.

A menina foi assassinada aos 5 anos. Pai dela, Alexandre Nardoni recebeu pena de 30 anos de prisão e segue detido. Ele e a madrasta da criança nunca confessaram o crime pelo qual foram condenados em 2008 e cumprem pena há mais de 15 anos.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirma que Anna Carolina Jatobá deixou a Penitenciária Feminina 1 de Tremembé, no interior paulista, às 19h45 desta terça-feira.

“A Secretaria da Administração Penitenciária informa que cumpriu a decisão judicial proferida pela 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté que beneficiou Anna Carolina Jatobá com a progressão ao regime aberto”, diz a pasta.

Defesa

Responsável pela defesa do casal, o advogado Roberto Podval foi sucinto ao comentar a decisão. “A soltura da Jatobá era esperada e juridicamente correta”, diz.

No fim de maio, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu um pedido da defesa da madrasta de Isabella para que fosse avaliada a progressão de pena de Anna Carolina para o regime aberto.

Na ocasião, a defesa da madrasta recorreu ao STJ porque a Justiça em São Paulo exigiu que um teste psicológico de Rorschach fosse realizado para embasar o pedido de progressão para o regime aberto.

“Não importa que o crime é horrendo. O que eu penso sobre o crime ou o que outros pensam, pouco importa. O que importa é o que a lei determina e é o que está sendo cumprido”, afirmou o ministro Messod Azulay Neto, relator do pedido.

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