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Pesquisa diz quanto um acreano deve ganhar para estar entre os 10% mais ricos; confira

Por Lamlid Nobre, ContilNet

Foto: Reprodução

Um estudo divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Brasil em Mapas revela os valores das rendas dos brasileiros por região e por estado para que sejam considerados entre o percentual mais rico da população. No Acre, o valor é R$ 2.500 enquanto a renda média dos 10% mais ricos da população brasileira por estados é acima de R$ 4.000 per capita, mês.

O estudo é do World Inequality Lab, da Escola de Economia de Paris, segundo o qual desigualdade de riqueza no Brasil cresceu desde meados dos anos 90, em um contexto de desregulação financeira e falta de uma reforma fiscal mais ampla. 90% do restante da população tem renda mensal inferior a R$3.500. Com o 1% mais rico detendo metade da riqueza nacional, o Brasil possui uma das mais altas desigualdades de renda do mundo.

Pesquisa do Mapa Brasil/Foto: Reprodução

No geral, para estar entre os 10% “mais ricos”, o valor é de 3 salários mínimos mensais, no entanto, 67% da população brasileira recebe até dois salários mínimos, o equivalente a 65,5 milhões de trabalhadores, segundo a Relação Anual de Informações (Rais) do Ministério do Trabalho e Previdência.

No mapeamento por regiões metropolitanas, os 10% mais ricos (R$ 7.933), ganham 31 vezes o salário dos mais pobres. Os 50% da população intermediária recebe cerca de R$ 1.530 per capita, segundo dados do boletim Desigualdade nas Metrópoles, do Laboratório PUCRS-Data.

No Distrito Federal, a capital federal, para estar nesse grupo dos 10%, você teria que obter um rendimento mensal de R$ 5 mil. Já no Rio de Janeiro seriam necessários possuir uma renda mensal de R$ 4.2 mil, conforme microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNADC/IBGE.

Em São Paulo seria necessário um ganho de R$ 4.6 mil, no RS (R$ 3.6 mil), AM e MT (R$ 3,3 mil), BA (R$ 3 mil), GO e MS (R$ 3.1 mil) e em menores faixas, no AL e PB com cerca de R$ 2.3 mil você faria parte dos 10%. Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pedro Ferreira, para além das percepções individuais, a própria noção de riqueza é subjetiva. E para atenuar essa desigualdade, o jeito mais eficiente é tributar onde tem mais dinheiro concentrado e gastar e investir onde tem mais necessidades.

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