A Petrobras irá retirar a sonda de perfuração de poços da bacia da foz do Amazonas nesta semana. Segundo a empresa, o equipamento será direcionado para a região Sudeste, onde há outros poços de exploração de petróleo.
A Petrobras aguarda a resposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o novo pedido de licenciamento para perfurar um poço de petróleo no litoral norte do Amapá.
A empresa estatal apresentou um novo pedido para exploração em águas profundas de petróleo e gás natural. O Ibama deverá analisar a nova solicitação, mas não possui um prazo para apresentar resposta.
Caso a petroleira não consiga uma resposta positiva até esta sexta-feira (9/5) do órgão ambiental, a sonda que está no litoral norte do Amapá será deslocada para perfuração de dois novos poços no Sudeste.
Foz do Amazonas
O intuito da Petrobras é a perfuração de um poço de exploração para verificar se há petróleo e gás natural na foz do Amazonas. O local para isso está localizado a cerca de 160 km da costa do Oiapoque, extremo norte do Amapá, e a 500 km da foz do Rio Amazonas.
Segundo a estatal, a estimativa é que o empreendimento, até o momento, custe aos cofres da empresa cerca de R$ 3,4 milhões por dia para manter os equipamentos e estruturas da Petrobras na região.
Em maio, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, negou o pedido da Petrobras para exploração na foz do Amazonas. O órgão ambiental reforçou a necessidade da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para as bacias sedimentares para perfuração de poço exploratório na região.
No entanto, a Petrobras defende que não há necessidade da realização da AAAS para a avaliação sobre a existência de petróleo na região. Na mesma linha, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alega que esse pedido se apresenta como “intransponível”.
“O parecer do Ibama não tem questões intransponíveis. Só vai se tornar intransponível se discutir a AAAS. Será uma incoerência e um absurdo com brasileiros que precisam do desenvolvimento econômico com frutos sociais e equilíbrio ambiental. Podemos até discutir que nenhum outro bloco deve ir a leilão antes da AAAS”, afirmou Silveira.