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Poodle morre em petshop e é entregue à tutora em saco de lixo

Por O GLOBO

Bob tinha seis anos e estava acostumado a tomar banho em petshops Arquivo pessoal

Um poodle de seis anos morreu no último dia 26, após ser levado para um petshop de Volta Redonda, no Sul Fluminense. Após o serviço, que seria de banho e tosa, o animal — que se chamava Bob — foi devolvido, segundo sua tutora, num saco de lixo. Em depoimento, o dono do estabelecimento afirmou que o animal fugiu e foi atropelado. O caso é investigado pela 93ª DP (Volta Redonda) como omissão na cautela animal e será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).

— Estou à base de remédio. Bob era um cachorro saudável, carinhoso e feliz. Ele (dono do petshop) diz que o Bob fugiu e foi atropelado, mas as versões do que me disse divergem. Um fato não tem duas versões assim — disse a idosa de 60 anos, que não quis ser identificada. — O que aconteceu foi irresponsabilidade. Não podem pegar cachorros ou gatos e não ter uma proteção para não fugirem.

— Ele ainda trouxe o Bob no saco de lixo, sem um pingo de humanidade. Meu marido foi quem tirou ele de lá e colocou num paninho. Ele e meu filho enterraram o Bob. Fiquei muito mal. Nesse dia, quase bati com o carro — lamentou a idosa, que é dona de casa.

Ela explicou que costumava levar Bob para tomar banho em petshops, mas nunca havia ido a esse em específico.

— Não conseguia vaga nesse dia em lugar nenhum. Então, lembrei que uma moça da feira me indicou o sobrinho dela. Peguei o cartão e marquei para os quatro.

A família de Bob tem sofrido com a falta do cão. A tutora diz não conseguir falar muito sobre o assunto e se emociona ao lembrar o quão carinhoso era o poodle:

— Tomo remédio, não consigo dormir. Ele era um cachorro maravilhoso. Tinha suas manias de colocar a patinha na gente, era carinhoso e medroso. Eu chegava em casa em dias de fogos e já o colocava logo no colo, porque ele ficava tremendo — lembrou. — Meu Bob foi resgatado pela nossa família de uma situação de maus-tratos. Era muito bonzinho.

Até a publicação da reportagem, o GLOBO não conseguiu contato com o petshop que prestou serviços para a família.

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