Para satisfazer desejos criminosos, um cachorro foi usado como objeto sexual no Distrito Federal. Por mensagens, o dono do animal comentava e oferecia experiências com o pet a outros homens pervertidos. Após negociação em uma plataforma de relacionamento, os encontros eram realizados e o cão acabava sendo manipulado para penetrar pessoas.
Depois de denúncia no começo de 2023, a equipe da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) deflagrou uma minuciosa investigação para apurar o caso e salvar o animal da rotina de exploração sexual. A operação foi batizada de Dogsafe.
O celular do tutor do pet foi apreendido. Nas mensagens, o dono do cachorro, um yorkshire adulto, falava da experiência de sexo com o animal para outros homens. Prometia, inclusive, “momentos marcantes de penetração” e exibia vídeos de relações com cãozinho. A PCDF teve acesso a um vídeo que comprova o ato criminoso.
O autor chegou a enviar um dos vídeos como forma de estimular um possível parceiro a aceitar o convite. “Eu tenho um vídeo meu dando para o dog”, escreveu. O interlocutor, então, sugere que a conversa seja concluída pelo WhatsApp, a fim de marcar um possível encontro.
Veja os prints:
Após diligências foi possível chegar ao remetente das mensagens, que não teve o nome revelado. Os policiais conseguiram um mandado de busca e apreensão para resgatar o cão na segunda-feira (19/6).
Os investigadores apreenderam do animal como forma de garantir sua integridade física. O cachorro foi conduzido aos cuidados de defensores do direito animal.
Maus-tratos e zoofilia
O tutor responderá em liberdade e poderá ser condenado pelos crimes de maus tratos, abuso ou crueldade contra animais, com pena de 2 a 5 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
Apesar da prática ser conhecida como zoofilia, não há tipificação para o caso com uma punição específica. Dessa forma, caso condenado, o autor responderá pela prática de maus-tratos
Denúncias
Denúncias sobre maus-tratos, zoofilia ou outros crimes contra animais podem ser feitas à PCDF pelo telefone 197, inclusive pelo Whatsapp (55 61 98626-1197). A população pode enviar as informações pelo link.