Tomando por base a coalizão de forças político-partidárias que formam a base do governo Lula, tanto na gestão, quanto no Congresso Nacional, o PT do Acre começa a realizar movimentos para se recompor eleitoralmente, mesmo que na posição de coadjuvante e não protagonista como no cenário federal, segundo declarações do recém-empossado presidente do diretório regional do PT, Daniel Zen.
“Decidi fazer visitas a todos os diretórios que integram a aliança do presidente Lula e comecei pelo MDB que, naturalmente, é o maior partido e já havia um contato prévio com o próprio Flaviano [Melo, presidente estadual do MDB] e com o João Correia, por meio de um amigo em comum. A princípio é uma visita de cortesia pra gente começar a tentativa de construir uma possibilidade de aliança. Nada definitivo ainda”, pondera.
O fato é que além de organizar o partido internamente, reaglomerar filiados, militantes e “juntar os cacos” da última eleição estadual de 2022, Zen pretende articular junto com outras lideranças de outros partidos o que está sendo chamado de “ampla frente” ou “frentão”, cujo objetivo é formar chapas majoritárias e proporcionais eleitoralmente viáveis no interior, mas especialmente na capital, onde predomina o eleitoral acreano e também onde já existe um nome considerado “forte” para disputar as eleições em oposição ao prefeito Tião Bocalom (Progressitas): o do ex-prefeito Marcus Alexandre, se partido desde quando desfiliou-se do PT para trabalhar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC).
Além do MDB, estão na lista de aliados de Lula: PCdoB, PV, MDB, PSD, PDT, PSB, Psol, Rede, Avante e Solidariedade. “Essa foi só a primeira visita. Vão haver outras”, finalizou Daniel Zen.