O ContilNet foi até um dos cemitérios mais cultuados de Rio Branco, o Cemitério da Cruz Milagrosa, localizado na AC-90, na Transacreana. O local tem esse nome por conta de uma suporta cruz, conhecida pela capacidade de realizar milagres.
A cruz milagrosa teve possível origem na década de 40. Devotos e moradores antigos da região, contam que a morte de um seringueiro, chamado Artur, marcou o início da história do local.
Segundo relatos, um comboio de seringueiros passava pela região e um deles, Artur, estava doente, acometido por uma forte malária, então sentou-se debaixo de uma cajazeira, pois estava cansado e com sede. O homem teria ficado esperando a volta dos companheiros, que iriam lhe trazer água. No entanto, o grupo esqueceu de voltar e ele morreu de sede.
Tempos depois, ao retornar ao lugar, Artur já estava morto, porém seu corpo estava intacto e com aparência de quem dormia. Seus companheiros resolveram, então, enterrá-lo e colocar uma cruz para identificar o local. Após o acontecido, pessoas que passavam pela estrada começaram a fazer pedidos ao pé da cruz, deixando velas, e outros objetos em agradecimento. Além de usar a casca da cajazeira para fazer chás. Os relatos de curas são muitos.
A cajazeira onde o seringueiro foi encontrado acabou morrendo de tanto as pessoas arrancarem a casca para conseguir um milagre. No entanto, no local foi construída uma capela, onde dividem espaço o túmulo do seringueiro, a cruz milagrosa e dezenas de oferendas deixadas para agradecer por uma graça concedida, além de velas acesas, que representam novos pedidos.
Dezenas de pessoas vão até a capela, diariamente, fazer pedidos e deixar diversos objetos como forma de agradecimento pelas graças alcançadas. Antônio de Pádua, de 60 anos, conta que já teve vários pedidos atendidos e sempre que precisa conversar com Deus vai até a capela:
“Eu sou devoto da Cruz Milagrosa, ela é muito milagrosa mesmo, realiza muitos milagres. Eu sempre venho aqui quando estou precisando conversar com Deus. Gosto muito daqui, me dá uma paz espiritual muito boa”, conta.
Antônio revela, também, que sempre leva água para a capela, em homenagem ao seringueiro que teria morrido de sede. “Eu sempre trago água aqui para a Cruz Milagrosa, pois a gente sabe da história da pessoa que morreu com sede. Por conta disto, sempre trazemos água e velas para o santo”, diz.
A cruz milagrosa guarda mistérios e muitas histórias de fé. São inúmeros os testemunhos de graças alcançadas por pessoas de todos os lugares, que buscam no local um refúgio e fonte de alimento para o espírito.
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