Amor de “pica”? Veja riscos de manter uma relação ruim apenas por sexo

Sexóloga explica por que pessoas mantém relações falidas por conta de sexo e faz alerta para os pontos negativos da prática

Foto colorida em close de mãos arranhando costas nuas - Metrópoles

Jonathan Knowles/Getty Images

Muitas vezes, mesmo com um relacionamento já falido, as pessoas encontram motivos pontuais para continuarem neles. Para algumas são filhos, para outras dinheiro e, para outras, é um sexo muito bom. Aos relacionamentos que perduram única e exclusivamente por conta do sexo, popularmente se dá o apelido de amor de “pica”.

Apesar do termo embasado em uma cultura falocêntrica, permanecer em uma relação apenas pelo sexo pode acontecer com qualquer um, em quaquer modelo de relacionamento. Contudo, de acordo com a sexóloga Tâmara Dias, acaba acontecendo mais com mulheres, uma vez que para os homens é historicamente mais comum e “aceito” socialmente ter muitas parcerias sexuais.

O “amor de pica”, na maior parte das vezes, acontece pelo medo ou preguiça de uma das pessoas em construir novamente com outro alguém a intimidade que os levou a ter aquela qualidade de sexo. “Para o sexo ter sintonia e cumplicidade é necessária uma construção”, explica a terapeuta. Logo, a incerteza sobre ter tudo isso novamente leva as pessoas a ficarem.

Mas há que se pensar nos diversos pontos negativos em se manter fiel a um amor de pica, tanto a curto quanto a longo prazo.

“No processo, pode-se perder a oportunidade de conhecer pessoas incríveis para construir um relacionamento realmente saudável. Sem contar com o desgaste mental e emocional ocasionados por essa situação”, elucida Tâmara.

Para se ver livre desta situação, é preciso sair da zona de conforto e também estar atento para outras questões que podem estar relacionadas a isso, como falta de autoestima e amor próprio. “Além da terapia, é indicado fortalecer o amor próprio e buscar outras formas de ter prazer – primeiro consigo, para depois ter com o outro”, indica.

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