A rebelião dos detentos do Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, já dura quase 24 horas. Na manhã desta quinta-feira (27), após negociações, há a expectativa de que os presos se rendem ainda pela manhã.
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A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre ao ContilNet.
“Estamos na sala de situação neste exato momento com o secretário Américo Gaya. Eles informaram que poderá sim haver essa rendição”, disse.
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Em relação ao número de mortes envolvidos na rebelião, a Sejusp informou que ainda não há informações concretas. “Não temos como confirmar, tendo em vista que ainda não conseguimos entrar nesse local onde informaram estar os corpos”, explicou a assessoria.
No local, estão o Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) da Polícia Penal e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar para reforçar as ações de segurança.
O coordenador criminal da Defensoria Pública do Estado, Gustavo Medeiros e o promotor de Justiça Tales Tranin, que atua na 4ª Promotoria Criminal da Vara de Execução de Penas no Regime Fechado também estão no local auxiliando nas negociações com os rebelados para dar fim à rebelião.
O Gabinete de Crise informa, ainda, que as ambulâncias do Samu estão no local para atender possíveis feridos, assim como todo o aparato do Instituto Médico Legal (IML) está estruturado.
Entenda a situação
Na manhã desta quarta-feira (26), policiais penais foram feitos reféns por vários detentos dentro do Presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco.
Um agente foi ferido com um tiro no olho e hospitalizado no Pronto Socorro da capital. Os presos conseguiram ter acesso ao arsenal de armas do presídio.
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A Sejusp informou que policiais que estavam de folga foram convocados para ajudar a conter a rebelião. Eles se apresentaram na Unidade Básica de Saúde do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, para fazer atendimentos, caso necessário.
Integrantes de uma determinada facção ainda não identificada invadiram o presídio, mantiveram refém os agentes e entraram na sala onde onde estavam cinco fuzis, 20 munições e uma espingarda calibre 12.
Ajuda do Governo Federal
Gladson Cameli, que cumpre agendas fora do Acre, disse ter conversado com Flávio Dino para participar ao ministro o que está acontecendo no presídio estadual, onde são mantidos encarcerados os presos mais perigosos e apontados com os chefes das facções que atuam no Estado.
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“Recebi dele a garantia de total apoio das forças de segurança do governo federal neste momento de crise”, disse o governador ao se referir ao ministro.
“O Governo do Acre está atento e agiu para garantir uma rápida solução. Agradeço ao ministro e ao governo federal pela disponibilidade em nos atender com rapidez e prontidão”, acrescentou Cameli.
Em resposta, Dino disse que a equipe federal está “à disposição para auxiliar no que for cabível” na “crise no sistema penitenciário estadual do Acre“.