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Ao contrário de Lula, Gladson diz que irá ampliar colégios militares: ‘Vontade do povo’

Por Suene Almeida, ContilNet

O governador Gladson Cameli esteve presente na entrega de equipamentos para a Segurança Pública do Estado, na manhã desta terça-feira (18), na sede da Secretaria de Segurança Pública (Sejusp), e anunciou que deverá ampliar o quantitativo de escolas cívico-militares no Acre.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na quarta-feira (12), que vai encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), instituído em 2019 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a decisão, os estados ficarão responsáveis por manter as instituições, caso queiram dar continuidade ao programa. Gladson Cameli disse que pretende atender ao pedido de pais que solicitam a continuidade das escolas:

“Não vou tirar as escolas cívico-militares. Não só vou manter, como vou ampliar. O governador tem que ouvir a vontade popular, e as pessoas estão me pedindo isso”, destacou.

“Não vou tirar as escolas cívico-militares”, disse o governador/Foto: Secom

Sobre a decisão do Governo Federal, um ofício foi enviado aos secretários de Educação dos estados.

O programa Nacional das Escolas Cívico-Militares foi criado em 2019 por meio de um decreto, e começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.

SEE diz que investimentos em colégios militares vão cair 

Para entender de que forma a decisão do Governo Federal afeta as escolas militares do Acre, o ContilNet entrevistou o secretário de Educação (SEE), Aberson Carvalho. Na ocasião, ele explicou que a medida não se trata do fechamento das unidades de ensino já existentes no Estado, mas faz com que “deixe de existir a política de expansão delas”.

Ao todo, o Acre possui nove escolas militares. De acordo com Aberson, o governador Gladson Cameli tem o projeto de ampliá-las nos próximos anos, com recursos próprios do executivo e de emendas parlamentares.

“Não serão fechadas as escolas militares que existem no Acre, mas a política de expansão deixa de existir, no quesito do fomento financeiro – o que é lamentável”, explicou.

“O nosso projeto é expandir o que temos, separando as modalidades de ensino, desde o fundamental ao médio, e desmembrando as sedes para que o nosso plano seja cumprido”, continuou.

Carvalho entende que a decisão do Governo Federal é uma política nacional que precisa ser respeitada: “Vamos continuar fazendo nossa parte a partir do projeto que construímos em 2019, entendendo que essa decisão é uma política nacional de governo. O executivo federal entendeu que o caminho é por outro lado, e nós respeitamos. Os serviços seguem sendo ofertados porque as escolas já estão credenciadas. Os alunos seguem sendo assistidos pelo cálculo base da Educação”.

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