O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), esteve, nesta quinta-feira ( 27), na empresa Agrocortex Madeiras, localizada no município de Manoel Urbano, interior do Acre. A empresa, um dos maiores conglomerados de exploração madeireira no país, de capital espanhol e português e que exporta o produto para a Europa e Estados Unidos, vai doar parte da madeira com a qual a Prefeitura de Rio Branco vai construir as 1001 unidades habitacionais anunciadas por Bocalom, a partir do projeto com o nome de “1001 Dignidades”.
As casas devem ser construídas num dia. A ideia é bater um recorde atribuído ao Governo de Goiás, na administração do então governador Iris Rezende, que construiu mil casas desse tipo num único dia.
De acordo com Bocalom, na semana que vem, será apresentado o primeirio protótipo da moradia, que será exposto na sede da empresa privada Ascom, no Distrito Industrial de Rio Branco. A Ascom pertence à empresária Adélaide de Fátima, que atua no ramo madeireiro e que ganhou a licitação para o transporte da madeira de Manue Urbano para Rio Branco. As casas deverão ser como nstruifas num domingo do mês de maio do ano que vem, possívelmente no Dia das Mães.
“Deveremos escolher o Dia das Mães para homenagearmos as mães e chefes de família, que devem ser maioria na lista dos beneficiados com esses imóveis”, disse Tião Bocalom.
As casas terão 43 metros quadrados de área construída, com direito a cerca de madeira em todo o quintal. Os locais das obras serão espalhados em pelo menos seis bairros da cidade, nos dois distritos de Rio Branco.
“Nós estamos definindo os locais porque estamos tendo a preocupação social de não tirar as pessoas de perto das comunidades com as quais elas se relacionam a vida toda, inclusive para aproveitar as estruturas já existentes nesses bairros, como escolas, mercados, postos de saúde e outros benefícios”, disse o prefeito.
“Diferente do que fez os governos do PT, que fez o Conjunto Cidade do Povo de forma a segregar pessoas pobres das comunidades das quais elas eram acostumadas a conviver. O resultado é o que estamos vendo hoje de violência e matanças com casos em que a maioria de mortes se registra naquele conjunto feito sem critério social ou preocupação com a qualidade de vida das pessoas”, alfinetou Bocalom.
“Esse projeto vem tendo excelente aceitação onde o apresento, inclusive em órgãos do governo federal, porque resultará em zero por cento de gases como CO2 na natureza, porque vamos evitar a queima”, acrescentou Bocalom. “Quando as obras começarem, até o resíduo, o que vai sobrar e que não poderá ser aproveitado na obra de jeito nenhum, será triturado e misturado a outros produtos orgânicos para virar adubo. E o adubo proveniente disso, será distribuído de forma gratuita aos nossos produtores rurais”, revelou o prefeito.
A visita do prefeito à indústria madeireira foi acompanhada do secretário municipal de agropecuária (Seagro), Eracides Caetano, além de outros assessores municipais.
O total de madeira doada pela empresa à Prefeitura de Rio Branco, da qual uma parte já se encontra em poder do Município, será da ordem de 10 mil metros cúbicos. Desta quantia, segundo estimativas do prefeito, o total aproveitado será entre dois a três mil metros cúbicos. O resto virará resíduo. O restante de madeira que faltar às obras serão doados pela superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro de Bem Naturais e Recursos Renováveis) no Acre, através das apreensões de transporte de exploração madeireira ilegal.