Casos de HIV e Aids entre idosos têm aumentando no interior do Acre, diz especialista

Recentemente, o SUS adicionou três novos medicamentos para quem tem a doença

Em entrevista recente concedida a Rádio Difusora de Sena Madureira, o médico infectologista Alan Areal demonstrou mais uma vez preocupação sobre os casos de Aids (Síndrome da Imunodeficiência Humana) na cidade. De acordo com ele, idosos entre 70 anos e 75 anos estão sendo diagnosticados com o vírus.

Foto: Reprodução

Na entrevista, Alan Areal chamou a atenção da comunidade para o problema. “A situação é preocupante. Sena Madureira continua sendo o segundo município que mais tem casos de HIV e Aids no Acre e, agora, a doença chega a atingir alguns idosos. Mais uma vez deixamos o alerta com relação à prevenção. As pessoas precisam se conscientizar”, comentou.

Em todas as unidades básicas de saúde de Sena existe o teste-rápido, bem como a distribuição de preservativos, visto que, o sexo desprotegido é a principal forma de transmissão do HIV.

Além disso, o próprio Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento para quem testar positivo. Em Sena, existe uma unidade do SAE (Serviço de Atendimento Especializado) responsável por fazer todo o acompanhamento necessário.

Recentemente, o SUS adicionou três novos medicamentos para quem tem a doença: Darunavir, Dolutegravir e Raltegravir. Pelo menos um desses remédios já está sendo disponível em Sena Madureira.

HIV e Aids

HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.

Transmissão

O vírus HIV é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados, como agulhas, alicates, etc., de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Sintomas

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. Caso haja suspeita de infecção pelo HIV, procure uma unidade de saúde e realize o teste.

Tratamento

Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida. O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização de exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando os exames indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida. Para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los. O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem. A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. Mesmo em tratamento, a pessoa com aids pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar na boca, transar (com camisinha), passear, se divertir e fazer amigos. Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais – coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição. É o que os médicos chamam de adesão, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada.

PUBLICIDADE