Em um novo boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (21), a FioCruz informou que houve um sinal moderado de queda de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, na maioria das faixas etárias analisadas.
Entretanto, crianças pequenas e adolescentes, seguem apresentando um patamar elevado de novas ocorrências semanais de SRAG.
O período analisado pela Fiocruz concentra os dados coletados na Semana Epidemiológica 28, de 9 a 15 de julho, como base nos dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 17 de julho.
Porém, em relação aos estados, o Acre figura entre as regiões que indica um sinal de crescimento na tendência de casos ao longo prazo. No Acre e Pará, o aumento está concentrado nas crianças e adolescentes, este último, surge como um novo grupo de risco, já que nos últimos boletins, adolescentes não apareciam como principal faixa etária infectada.
“A atualização do Infogripe desta semana tem duas situações envolvendo fundamentalmente as crianças pequenas, que chamam atenção e ainda exigem maior atenção em relação a infecções respiratórias e, em particular, às internações, principalmente em decorrência do vírus sincicial. Por um lado, temos um sinal positivo que é o fato de estarmos com um número menor de estados que ainda apresentam crescimento do número de novos casos semanais. Estamos vendo esse sinal de forma clara no Acre e no Pará”, explicou o pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
O pesquisar aponta ainda que houve uma manutenção da queda no predomínio de novos casos para Sars-CoV-2 (Covid-19) na população adulta da maioria dos estados e possível queda ou estabilização nos casos associados ao vírus influenza A.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (8,7%), influenza B (3,8%), vírus sincicial respiratório (38,5%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,2%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (15,7%), influenza B (5,2%), vírus sincicial respiratório (13,4%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (50,7%).