A comissão de ética da Câmara do Bujari, no interior do Acre, aprovou o pedido de cassação do vereador Gilvan Souza (PCdoB). O vereador foi indiciado por violência política contra a mulher após ofender de forma machista e proferir ameaças contra a vereadora Eliane Abreu (Progessistas), durante uma sessão extraordinária na Câmara do Bujari no dia 27 de janeiro.
Agora, o presidente da Câmara tem 30 dias para colocar o pedido em votação no plenário da Casa. A vereadora disse que foi notificada no último dia 7 e diz que acredita que todos os vereadores devem votar pela cassação.
A comissão foi montada pelos vereadores Maria Aparecida de Rocha, que era presidente, Maria de Jesus Rodrigues, que é relatora e Elias Daier, membro da comissão. Apenas a relatora votou contra a cassação.
Relembre
O caso foi registrado em janeiro, durante sessão com a presença dos nove vereadores do município e a reunião, em caráter extraordinário, em função do recesso parlamentar da Câmara, que deveria analisar projeto de autoria da Prefeitura propondo a retirada de direitos dos funcionários municipais relacionados ao anuênio, um direito garantido aos servidores pela Lei Orgânica do Município.
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Exatos 55 dias após a primeira denúncia de agressão e ameaças à vereadora Eliane Abreu (PP), no plenário da Câmara Municipal de Bujari, o presidente da Casa, vereador James Mourão (PP), recebeu o pedido formal de cassação do mandato do autor das agressões, o vereador Gilvan José (PCdoB). Na época, diversos políticos saíram em defesa da vereadora. O Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu uma nota em apoio à vereadora.
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Após ser ofendida por um colega de parlamento durante uma sessão da Câmara Municipal de Bujari, a vereadora Eliane Abreu (PP) pediu uma medida protetiva e teve uma decisão a seu favor emitida pela Vara da Comarca do município. Na decisão, a Justiça do Acre concedeu medidas protetivas à vereadora.