Dados da Global Forest Watch (GFW), do World Resources Institute (WRI), instituição global de pesquisa e proteção ambiental, revelam que entre 2001 e 2022, o Acre perdeu 1,57 milhões de hectares de cobertura arbórea.
O levantamento foi realizado com base em imagens de satélite, nas quais foi possível constatar que a perda de florestas primárias na região dos trópicos, onde ficam as grandes florestas úmidas como a Amazônia.
A pesquisa aponta, ainda, que o Acre ocupa o 10º lugar no ranking dos estados brasileiros que mais perderam cobertura de florestas primárias, chegando a 9,1%.
Em todo o estado, seis principais regiões foram responsáveis pela perda de 53% de toda a cobertura arbórea entre 2001 e 2022. Sena Madureira teve a maior perda de cobertura arbórea com 182 quilômetros de hectares.
Rio Branco ocupa a segunda posição no ranking da perda de cobertura de florestas primárias em todo o estado, alcançando 174 quilômetros de hectares.
O que é a cobertura arbórea?
A cobertura arbórea é definida como toda a vegetação com mais de 5 metros de altura e pode assumir a forma de florestas naturais ou plantações em uma variedade de densidades de dossel.
A perda de cobertura arbórea é definida como qualquer distúrbio que substitua o povoamento (isto é, a remoção completa da copa da cobertura arbórea na escala de 30 m de pixel).
A perda dessa cobertura pode ser resultado de atividades humanas, incluindo práticas florestais como extração de madeira ou desmatamento (a conversão de florestas naturais para outros usos da terra), bem como causas naturais, como doenças ou danos causados por tempestades, e até mesmo por incêndios.
O ano com a maior perda de cobertura arbórea devido a queimadas durante esse período foi 2005, com 14.1 quilômetros de hectares perdidos por queimadas, o que corresponde a 8.3% de toda a perda de cobertura arbórea para esse ano.