Empregada suspeita de matar o patrão afirma ter sido estuprada por ele

Polícia diz que que principal linha de investigação é que crime foi motivado por questão financeira

Bombeiro em pé entre duas casas

Casas de mãe e filho estavam localizadas no mesmo terreno – PCERJ

Presa sob suspeita de ter assassinado o patrão, a empregada doméstica Isabella da Silva Oliveira, 19, afirmou em depoimento que foi estuprada por ele e, por isso, decidiu matá-lo. A polícia, porém, disse que a principal linha de investigação é que ela cometeu o crime por questões financeiras.

O caso aconteceu em Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a investigação, Lilson Braga, 66, foi morto com um tiro no peito em 29 de março —o corpo foi encontrado pelo filho 40 dias depois, em uma cisterna.

Na última segunda (3), Isabella foi detida sob a suspeita de ter matado o homem, que era seu patrão.

Em seu depoimento feito depois da prisão ela relatou supostos abusos sexuais cometidos por Braga. Ela não tinha falado sobre isso em um depoimento anterior à polícia.

A doméstica não tem advogado constituído e falou com os agentes sem a presença de um defensor. A Folha teve acesso a descrição do depoimento.

A reportagem não conseguiu contato de familiares ou de representantes de Braga.

No depoimento, Isabella disse que passou a trabalhar na casa de Braga quando tinha 14 anos. Ainda segundo ela, os abusos aconteceram em março deste ano.

Ela afirmou ainda que desistiu de matar o patrão quando apontou a arma para ele, mas disse que o revólver disparou.

De acordo com o delegado Alexandre Herdy, ao ser presa Isabella teria confessado o crime, dizendo que receberia R$ 150 por semana pelo trabalho e estaria insatisfeita com o excesso de tarefas.

A polícia investiga ainda se a doméstica provocou a morte de Lia Braga, 91, mãe do patrão. Segundo os investigadores, Isabella teria demitido a cuidadora responsável pela idosa. Sem os cuidados necessários, ela morreu seis dias depois do filho.

Segundo os investigadores, após atirar contra Braga, no dia 29 de março, Isabella ainda utilizou os cartões de crédito dele e da idosa para realizar saques que totalizaram R$ 4.900. A polícia apura se outras pessoas estão envolvidas no assassinato.

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