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Estudo mostra como o Bolsa Família mascara o desemprego

Por Metrópoles

Reprodução

Desde o ano passado, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) ficaram intrigados com uma variação – uma espécie de zigue-zague – observada nos dados sobre emprego no Brasil. Isso porque, até fevereiro de 2020, a taxa de participação das pessoas no mercado de trabalho — ou seja, empregadas ou procurando emprego — era de 63,4%. Com a pandemia, desabou para 56,7%. Em setembro, recuperou-se, alcançando 62,7%. Mas, a partir daí, voltou a cair, chegando a 61,4% em março. Como a taxa de desemprego diminuiu, a conclusão óbvia é que há menos gente procurando emprego, apesar de as perspectivas de achar uma vaga aparentemente melhores hoje.

Brasília (DF) — Novo cartão Bolsa Família 2023. Foto: MDAS/Divulgação

Qual a explicação para esse fenômeno? “Tudo indica que um responsável é o Bolsa Família, que era chamado de Auxílio Brasil”, diz o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho (foto em destaque), coordenador do estudo, Quais as consequências dessa mudança – como o mascaramento do desemprego – é o que ele explica, em entrevista ao Metrópoles.

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