A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo produto para diagnóstico da febre maculosa. O teste é do tipo PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), em tempo real.
O kit IBMP Biomol Rickettsiose será fabricado no Brasil pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). A aprovação ocorre cerca de um mês depois de um surto de febre maculosa em Campinas (SP), que causou quatro mortes.
O teste deverá ser feito por profissionais da área de saúde especializados em biologia molecular, a partir de amostras de sangue, soro ou coágulo. Ele detecta marcadores específicos do material genético de bactérias do gênero Rickettsia spp. e Rickettsia rickettsii, que causam a doença.
A enfermidade, conhecida em outros países como ricketticiose, é encontrada em todo o mundo, em especial na Ásia, África e Europa. As ricketticioses são doenças transmitidas por bactérias da família das Rickettsias. No caso da febre maculosa brasileira, a bactéria responsável é a Rickettsia rickettsi.
“Essas doenças compreendem um grupo de infecções transmitidas aos seres humanos pela picada de carrapatos infectados por bactérias, vírus ou parasitas. Como a maioria das doenças transmitidas por carrapatos apresenta sintomas semelhantes, o diagnóstico pode ser problemático. Assim, os ensaios de PCR em tempo real representam uma ferramenta de diagnóstico importante para a detecção do agente causador”, ressalta a Anvisa, em nota.
Este é o segundo produto aprovado pela agência para diagnóstico da febre maculosa. O primeiro foi registrado em 2020.