Febre maculosa: Anvisa aprova produto para diagnosticar doença

Registro vem cerca de um mês após surto em Campinas, que ocasionou quatro mortes por febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela

Carrapato-estrela é o responsável por transmitir a febre maculosa

CDC / Dr. Christopher Paddock / James Gathany

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo produto para diagnóstico da febre maculosa. O teste é do tipo PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), em tempo real.

O kit IBMP Biomol Rickettsiose será fabricado no Brasil pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). A aprovação ocorre cerca de um mês depois de um surto de febre maculosa em Campinas (SP), que causou quatro mortes.

O teste deverá ser feito por profissionais da área de saúde especializados em biologia molecular, a partir de amostras de sangue, soro ou coágulo. Ele detecta marcadores específicos do material genético de bactérias do gênero Rickettsia spp. e Rickettsia rickettsii, que causam a doença.

A enfermidade, conhecida em outros países como ricketticiose, é encontrada em todo o mundo, em especial na Ásia, África e Europa. As ricketticioses são doenças transmitidas por bactérias da família das Rickettsias. No caso da febre maculosa brasileira, a bactéria responsável é a Rickettsia rickettsi.

“Essas doenças compreendem um grupo de infecções transmitidas aos seres humanos pela picada de carrapatos infectados por bactérias, vírus ou parasitas. Como a maioria das doenças transmitidas por carrapatos apresenta sintomas semelhantes, o diagnóstico pode ser problemático. Assim, os ensaios de PCR em tempo real representam uma ferramenta de diagnóstico importante para a detecção do agente causador”, ressalta a Anvisa, em nota.

Este é o segundo produto aprovado pela agência para diagnóstico da febre maculosa. O primeiro foi registrado em 2020.

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