Após receber várias denúncias dos moradores, o deputado federal Gerlen Diniz (PP), se reuniu na manhã desta terça-feira (11), com a superintendente do Ibama no Acre, Melissa Machado, para cobrar providências sobre uma ocorrência recente no seringal São Salvador, zona rural de Manoel Urbano.
Em vídeos gravados, os moradores acusam servidores do Ibama de destruição em suas propriedades. Muitos deles chegaram em casa e se depararam com redes cortadas, alimentação estragada, um verdadeiro descaso nesse local. Não satisfeitos, ainda picharam o nome do Ibama nas paredes das casas.
Ao tomar conhecimento da situação, Gerlen Diniz procurou imediatamente o Ibama para requisitar providências. “O que aconteceu foi algo aterrorizante comparado com ações das facções criminosas, infelizmente. Não gostaria de dizer isso, mas essa é a realidade. Ao tomar conhecimento dessa situação, o meu gabinete em Brasília já enviou um ofício para a Direção Nacional do Ibama, presidente Rodrigo Augustinho, encaminhando os vídeos, os relatos para que a direção nacional tome providências. Paralelo a isso, marquei uma audiência com a superintendente do Ibama aqui No Acre hoje de manhã, senhora Melissa Machado. Ela tentou justificar, mas é algo injustificável. São servidores públicos federais, utilizando bens públicos como, por exemplo, o helicóptero. Isso não existe em lugar nenhum no mundo. Lei alguma acoberta esse tipo de comportamento. Expressamos essa insatisfação e pedimos a ela providências. Que seja instaurado um processo administrativo para apurar responsabilidades desses servidores que tentam aterrorizar essas pessoas”, comentou.
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Ao deputado, a superintendente teria dito que essa ação é em razão de uma denúncia de uma empresa madeireira que, segundo a empresa, estava ocorrendo invasão na área, com desmatamento para a criação de gado. “Ocorre o seguinte: Se há uma invasão, quem tem que tirar é a polícia e não o Ibama. Aí o Ibama foi usado de forma indevida. Estamos acompanhando e vamos levar esse caso até Brasília. O Ibama trabalha para servir os moradores, não para aterrorizar. Vamos levar essa denúncia onde for necessário”, completou Gerlen Diniz.