ContilNet Notícias

Gladson defende Reforma Tributária de Lula, mas é contra criação de conselho

Por Tião Maia, ContilNet

Gladson Cameli nas comemorações dos 61 anos do Acre, na Gameleira/Foto: Juan Diaz/ContilNet

O governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), juntou-se ao colega Tarcísio de Freitas (Republicaos), de São Paulo, na defesa da Reforma Tributária proposta pelo governo do presidente  do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cuja votação será retomada nesta quinta-feira (6) na Câmara dos Deputados.

Gladson Cameli anunciou que vem conversando com os deputados federais da bancada do Acre, composta de oito parlamentares buscando convencê-los a votarem favoravelmente à proposta de forma unânime.

Gladson Cameli. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Na votação de hoje, voltará análise os primeiros pontos propostos pelo ministro da Economia, Fernando Haddad. O governador de São Paulo, apesar de apontado como sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro na pautas defendidas pelo chamado bosonarismo passou a ser um dos principais defensores da Reforma na votação que ocorre sob manifestação de governadores e prefeitos em Brasília (DF).

O governador Gladson Cameli veio a público defender a proposta na madrugada em suas redes sociais e com posicionamento oficial sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) cujo relator na Câmara é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

“Como governador, não posso deixar de me posicionar diante de um tema tão importante para o Estado. Somos favoráveis à Reforma Tributária, desde que justa e sem aumento de carga tributária para nosso povo. Entre os pontos que apoiamos, a manutenção dos benefícios à Zona Franca de Manaus e às ALC – Áreas de Livre Comércio (no nosso caso Brasileia/Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul) é fundamental”, comenta.

O governador acreano defendeu também transição sem impactos negativos à arrecadação. “Todos os serviços públicos ofertados precisam ser financiados por meio desta arrecadação”, disse.

Cameli, no entanto, manifestou-se contra a criação do Conselho Federativo proposto pelo governo. “Não posso deixar de destacar que sou desfavorável ao modelo de Conselho Federativo, que além de centralizar a arrecadação das receitas, ameaça a autonomia dos estados”, diz.

O governador disse que vem conversando com deputados federais sobre a votação.

“Tenho conversado com nossos parlamentares sobre a importância da aprovação de uma reforma justa e ampla e espero que tenhamos os votos necessários, e a união de todos, para que possamos dar mais este passo importante na aprovação da matéria”, conclui.

A PEC da Reforma Tributária também é defendida pela Federação das Indústrias do Estadão de São Paulo (Fiesp). Num manifesto em que se posiciona em defesa da democracia e da Reforma. A Fiesp mostra que a PEC tem a adesão de mais de 100 entidades.

Entre os signatários estão a Câmara Americana de Comércio (Amcham) e a Fundação Fernando Henrique Cardoso. Segundo a assessoria da Amcham, a entidade representa cerca de 4 mil empresas no Brasil, que juntas somam um terço do PIB Brasileiro.

Centrais sindicais também assinam o texto, como a CUT, além de entidades ligadas à proteção ambiental, como Greenpeace e WWF.

Sair da versão mobile