O diretor-presidente da Apex-Brasil, agência de fomento econômico de produtos brasileiros no exterior, Jorge Viana, ex-senador e ex-governador do Acre, classificou como “criminosa” a reportagem divulgado pelo jornal Estadão apontando que ele teria ocultado da sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, a compra de um apartamento de luxo em fevereiro do ano passado, em Brasília.
“Sobre a movimentação patrimonial de Jorge Viana, a assessoria de imprensa esclareceu ao jornalista que a aquisição do imóvel citado na reportagem nunca esteve sob suspeita ou em meio a qualquer controvérsia. O apartamento em questão não tem 500m² e muito menos foi adquirido por R$ 4,2 milhões. O imóvel tem 300m2 e foi comprado por 70% do valor mencionado na reportagem. O jornalista supervalorizou em 30% o preço do apartamento”, diz nota feita pela defesa de Jorge Viana e enviada à publicação de São Paulo.
A nota também nega ocultação de bens. “O dispositivo normativo do TSE determina a entrega da relação atual de bens (em 2022, portanto), de forma simplificada, contendo a indicação do bem e valor declarado à Receita Federal, dispensando-se a inclusão de endereços de imóveis, placas de veículos ou qualquer outro dado pormenorizado. E assim foi procedido. Tudo como determina a lei, levando em conta que a declaração à Receita Federal em 2022 tinha como ano-base o ano de 2021. Portanto, não houve omissão, como ressalta criminosamente o repórter”, justifica o diretor da Apex.
Jorge Viana, no entanto, não diz se vai tomar medidas legais contra a publicação para assegurar seu direito de resposta ou retirada do material, que foi republicado em portais e plataformas digitais de todo o país, inclusive no Acre.