Foi encontrado morto em casa, em Rio Branco, pela própria esposa, na manhã desta sexta-feira (14), o popular Antônio Neres Gouveia, também conhecido por “Tijolinho”, aos 71 anos, que disputou, sem chances, o governo do Acre pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). A última foi em 2010, quando disputou com os candidatos Tião Viana (PT) e Tião Bocalom, o atual prefeito de Rio Branco, então no PSDB.
Ao todo, “Tijolinho”, como ficou conhecido ao anunciar que se fosse eleito pavimentaria todas as ruas do Acre a tijolo, disputou seis eleições. Foi candidato ao governo, à prefeitura da capital, à Assembléia Legislativa e à Câmara Municipal, sem nenhum sucesso.
Naquela eleição de 2010, “Tijolinho”, obteve com 0,31% dos votos. Tião Viana, que venceu em primeiro turno com uma vitória apertada, obteve 50,38% dos votos e Tião Bocalom, 49,31%. Por muito pouco, avotação atribuída “Tijolinho” não levou a disputa entre os dois Tiãos para o segundo turno.
As causas de sua morte não foram reveladas. Uma amiga informou que a esposa do ex-candidato, ao acordar nesta manhã, foi ao banheiro e o encontrou, sentado, no vazo sanitário, já sem vida. O local do velório e do enterro não foram revelados.
Ao registrar sua última candidatura ao Governo, Gouveia apresentou ao Tribunal Regional eleitoral do Acre (TRE-AC) declaração de bens no valor de R$ 821 mil, quase um milionário. Sua vice, Maria Peregrina, declarou o valor de R$ 3 mil.
Ele desistiu da política em 2018, quando anunciou que não disputaria às eleições já naquele ano. “Cansei de tanta corrupção. Na política a gente trabalha, trabalha e acaba sendo alvo de investidas apenas para satisfazer interesses de terceiros”, disse ele ao anunciar que, apesar de assediado por vários partidos, iria pendurar as chuteiras na política. No entanto, a irmã de Tijolinho disse à reportagem do ContilNet que, no último ano, reacendeu no político o interesse e o sonho de disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores.
Era servidor público aposentado da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).