Uma mulher italiana de 52 anos acreditava que estava obesa, mas descobriu que tinha um cisto gigante em seu ovário. O tumor tinha 5 quilos e cerca de 40 centímetros de diâmetro.
Na cirurgia para a retirada do tumor, que era benigno, os médicos drenaram cerca de 37 litros de um fluido amarronzado que havia se acumulado na barriga da mulher.
O peso acumulado pelo cisto e o fluido sugeria que ela tinha um grau 3 de obesidade. Quando entrou no centro cirúrgico para fazer a retirada do cisto, ela estava com 123 quilos. Após a operação, o peso dela baixou para 70 quilos.
A mulher ficou 10 anos sem ir ao médico acreditando que estava ganhando peso com a idade. Solteira e virgem, nunca imaginou que pudesse haver algum problema com seu sistema reprodutor, já que vinha menstruando regularmente.
O caso dela foi publicado em um artigo no American Journal of Case Reports em 21/6. O estudo detalhou o complexo processo montado para ajudar a mulher a eliminar o tumor.
“Na medicina moderna é raro encontrarmos um cisto de ovário de tais dimensões, já que a maioria dos casos é identificado em exames ginecológicos de rotina”, disseram os médicos no artigo.
Como ela descobriu o cisto?
Não havia histórico de cisto de ovário na família da paciente. Ao passar por um exame de sangue, foram identificados várias proteínas circulando em seu corpo que sugeriam a presença de um tumor, o que a levou a fazer um ultrassom.
Ao descobrir o cisto de ovário, uma equipe com oncologistas, cirurgiões plásticos, cardiologistas e anestesiologistas foi montada para planejar uma estratégia para salvar a mulher. Havia alto risco de que ela morresse durante a cirurgia.
A operação durou quase sete horas e foram necessárias seis bolsas de sangue para manter a paciente estável durante o procedimento. Apesar do tamanho do cisto, nenhum órgão ao redor foi afetado pelo tumor.
Após a drenagem, uma cirurgia plástica foi feita para retirar o excesso de pele. Cerca de 12 quilos de pele e tecido muscular foram retirados.
Depois da cirurgia, ela ficou 30 dias internada e passou por diálises e terapias para tratar infecções ginecológicas. Também foi necessária uma fisioterapia para reacomodar seus órgãos no interior de seu corpo. Ela passou por tratamento quimioterápico e depois de 2 anos deixou de ter sinais do tumor em seu corpo.