Narcogarimpo avança em estados como o Acre por drogas, ouro e cassiterita

Segundo um relatório da ONU, facções criminosas vindas da Região Sudeste, avançam pela Bacia da Região Amazônica

Facções criminosas da Região Sudeste do país, avançam sobre estados da Amazônia Brasileira, incluindo o Acre, segundo o jornal Valor Econômico.

Em uma reportagem especial, o jornal cita um relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre a situação do tráfico de drogas no país. O assunto foi abordado pela primeira vez no texto da matéria.

Balsa Draga, usada para exploração de ouro, atracada no Rio Juruá, em 2022. Foto: Foto: Paulo Desana/Amazônia Real

“O tráfico ilícito de drogas está exacerbando e ampliando uma série de outras economias criminosas, incluindo ocupação ilegal de terras, extração ilegal de madeira, mineração ilegal, tráfico de animais silvestres e outros crimes que afetam o meio ambiente. Indígenas e outras minorias são desproporcionalmente afetados pelo elo criminoso, pois sofre deslocamento forçado, envenenamento por mercúrio e maior exposição à violência e vitimização”, relata o texto.

De acordo com o levantamento do Valor, o Acre tem a presença de 4 facções criminosas na região amazônica/Reprodução

O jornal utiliza ainda como exemplo, o acampamento do Ouro Mil, em Roraima, responsável por expandir um novo modelo de garimpo, o narcogarimpo, que envolve não só a exploração de ouro e o tráfico de drogas pelas bacias da região amazônica, mas também, a exploração ilegal da cassiterita, outro mineral lucrativo, usado na indústria de tintas, plásticos e fungicidas.

A matéria vai de encontrou ao que disse o presidente do ICMBio, Mauro Pires, que denunciou a presença de organizações criminosas atuando nas florestas do Acre.

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Mauro disse que a questão do desmatamento não é só o que preocupa na região. Além dos números preocupantes que se expandiram nos últimos anos, o problema está atrelado ao declínio dos recursos naturais e da biodiversidade.

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