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VÍDEO: negociações entre detentos e polícia são pausadas e voltam a acontecer nesta quinta

Por Ithamar Souza, do ContilNet

Celas do presídio Antônio Amaro Alves/Foto: Reprodução

Com alguns avanços e pedidos atendidos, as negociações entre os detentos do presídio Antônio Amaro e a polícia foram suspensas durante a noite de quarta-feira (26) e voltarão pela manhã desta quinta (27). Os jornalistas da TV Gazeta e do ContilNet foram chamados e acompanharam toda a negociação, que foi pausada por volta das 22h, a pedido dos próprios detentos.

A presença do promotor Tales Tranin, do Ministério Público do Acre (MPAC), havia sido exigida pelos presos na tarde de quarta para que as negociações fossem realizadas. Porém, houve pouco avanço e alguns dos pedidos feitos pelos detentos foram negociados.

Foto cedida

O promotor então saiu do presídio e foi solicitada a presença de uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre (OAB/AC). As negociações seguiram com o advogado Romano Gouveia, que disse ter conversado com os detentos, os quais informaram que se renderiam pela manhã desta quinta.  “Falei com um interlocutor (detento) e tentei por diversas vezes que eles se rendessem nesta quarta. Sabemos que houve mortes, mas não sabemos os nomes”, relatou Gouveia.

Sobre o número de mortes dentro do presídio, o advogado citou que os detentos confirmaram que há óbitos, mas não citaram os nomes, e somente nesta quinta haverá mais informações. “Eles tiveram acesso às armas e dominaram o presídio; a unidade se encontra com apenas uma policial penal.”

Questionado se a demora dos presos em se entregarem poderia resultar em uma fuga, Romano Gouveia destacou que as chances são pequenas. No entendimento do advogado, os detentos decidiram parar a negociação devido o horário.

“Se eles fossem fugir, teria ocorrido no momento em que houve o domínio do presídio. Com o aparelhamento de nossa gloriosa Polícia Militar e nossos gloriosos policiais penais, que já cercaram o perímetro, uma tentativa de fuga seria até uma tentativa de suicídio”, destaca o advogado.

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