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Pesquisadores de três estados buscam alternativas ao desmatamento na Reserva Chico Mendes

Por Suene Almeida, do ContilNet

Pesquisadores de três estados brasileiros estão no Acre para estudar alternativas econômicas ao desmatamento no estado. O projeto ocorre no âmbito da Iniciativa Amazônia+10, e vai avaliar e monitorar as alternativas ao desmatamento na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes.

Participam pesquisadores das universidades federais do Acre (UFAC), do Pará (UFPA) e da Universidade Federal de Campinas (Unicamp). O projeto foi dividido em quatro grupos de trabalho (GTs). Um deles vai analisar a vertente socioeconômica, avaliando o desempenho das famílias nas atividades alternativas ao desmatamento.

Sistema Agroflorestal (SAF) na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes. Foto: foto: GT Socioeconomia

A Resex foi criada em 1990 na esteira das lutas de Chico Mendes e outros líderes sindicais, a reserva hoje tem, além das atividades extrativistas de borracha e castanha, criações de gado e pequenas roças.

O Grupo de Trabalho (GT) ambiental vai avaliar a efetividade dos sistemas agroflorestais na conservação da biodiversidade aquática e terrestre, além de suas funções ecossistêmicas.

Já o grupo de trabalho de recomposição florestal promoverá a recuperação da vegetação de Áreas de Preservação Permanente (APPs). Enquanto o GT disseminação da ciência, produzirá material audiovisual que alimentará o canal do projeto no YouTube.

Alternativas

Um dos principais problemas para os agricultores da região é o escoamento da produção. No período de chuva as estradas ficam intransitáveis. Frutas cultivadas se perdem e não há como enviar o látex coletado na floresta para fora da Resex.

Uma das alternativas a ser estudada é o beneficiamento do cacau, do cupuaçu, da castanha e de outras culturas existentes na reserva. Na forma de geleias, doces e biscoitos, por exemplo, esses produtos teriam uma maior durabilidade e valor agregado.

A primeira visita dos pesquisadores à reserva aconteceu em junho. Já em setembro, serão feitas as primeiras entrevistas com algumas das cem famílias que fazem parte da amostragem (a área tem no total 970.570 hectares).

Uma primeira região de área degradada foi cercada e terá suas primeiras mudas plantadas ainda em 2023, já as análises ecológicas devem começar em breve.

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