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Um dos primeiros jornais do Acre, o Varadouro, está em exposição no Rio de Janeiro

Por Suene Almeida, ContilNet

O jornal acreano, Varadouro, fundado entre 1977, está exposto na Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, na mostra Uma Janela para o Armazém dos Periódicos, que conta a história dos jornais alternativos do país.

Considerado uma das vozes da Amazônia. Imagem: Reprodução

A exposição abriu nesta sexta-feira (14) e conta com aproximadamente 80 itens da mais antiga e completa coleção de periódicos do país, entre eles, o Varadouro, que foi um marco na imprensa crítica, abordando naquela época questões do meio ambiente, seringueiros e povos indígenas e a questão agrária no Acre.

Armazém de publicações seriadas da Biblioteca. Foto: Biblioteca Nacional Brasil

A exposição é gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta, das 10h às 17h, na Avenida Rio Branco, 219, no Centro do Rio de Janeiro. A exposição também poderá ser visitada de forma virtual no site da BN Digital (clique aqui).

O Varadouro foi fundado e editado pelos jornalistas Elson Martins e Silvio Martinello. Circulou entre maio de 1977 a dezembro de 1981, totalizando 24 edições e teve o apoio de figuras importantes na luta pela Amazônia, como o bispo católico Dom Moacyr, Chico Mendes e o jornalista Lúcio Flávio Pinto.

Na frente da esquerda pra direita: Antônio Alves, Suede Chaves, Elson Martins, Silvio Martinelo. Atrás (mesma ordem) : Alberto Furtado, Abrahim Farhat, Arquilau Melo e Luiz Carvalho. Foto: Arquivo Pessoal/Elson Martins

Em suas redes sociais, o jornalista Silvio Martinello anunciou a exposição do jornal.

Denominado popularmente como “Um jornal das selvas”, o Varadouro era escrito em linguagem popular, claro e objetivo. A primeira edição, de maio de 1977, trazia o retrato do desastre provocado pela política do regime militar para a região. O jornal mostrou o nascimento das primeiras periferias de Rio Branco, como a Cidade Nova, localizados às margens do Rio Acre.

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